Traços da Afrodescendência — Resenha de Jacineide Santos Cintra Silva (Uneb) sobre o livro “Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social” de Neusa Santos Souza

Neusa Santos Souza | Foto: Lea Freire/Acervo Pessoal/EuSemFronteiras

Resumo: Tornar-se Negro, de Neusa Santos Souza, analisa a identidade do negro brasileiro em ascensão social. A obra, densa e acadêmica, revela os desafios emocionais e raciais enfrentados, oferecendo uma visão crítica e esclarecedora sobre as complexidades da identidade negra no Brasil.

Palavras-chave: identidade negra; racismo; desafios emocionais.


Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social é o livro de Neusa Santos Souza, originalmente uma dissertação de mestrado publicada em 1983 e relançado pela Zahar em 2021. Com um novo prefácio de Maria Lúcia da Silva e o prefácio original de Jurandir Freire, intitulado “Da Cor ao Corpo: a violência do racismo”, a obra é considerada um evento político e intelectual dos anos 1980, abordando o racismo no Brasil e focando na construção emocional de negros em ascensão social.

Neusa Santos Souza foi uma psiquiatra, psicanalista e escritora brasileira, nascida em Cachoeira, Bahia, em 1948. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e especializou-se em psiquiatria e psicanálise de orientação lacaniana. Estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde obteve o título de Mestre em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tornando-se uma figura importante na luta contra a discriminação racial. Sua dissertação deu origem ao livro Tornar-se Negro, que é considerado um marco na psicologia negra no Brasil, constituído por narrativas de estudos de caso e histórias de vida de dez personagens que se autodefinem e retratam as estratégias para a ascensão social, com um custo emocional voltado para negação, sujeição e apagamento de suas identidades e culturas. A obra está dividida em seis capítulos.

Na introdução, a autora estabelece o objetivo de construir um discurso do negro sobre o negro, com ênfase na experiência emocional da busca pela ascensão social em uma sociedade branca. Explora as trajetórias individuais, os desafios e o custo emocional dessa busca, destacando a necessidade de enfrentar o massacre da identidade negra e o uso do branco como modelo de identificação. A pesquisa é fundamentada em sua própria experiência e busca respostas além da reflexão acadêmica, abrangendo tanto o conhecimento racional quanto o emocional.

No primeiro capítulo, Souza explora a relação entre a ascensão social dos negros e a formação de sua identidade emocional ao longo da história. Durante a escravidão, os negros foram subordinados e forçados a adotar o branco como modelo de identidade para buscar melhores posições sociais. Com o fim da escravidão, a cor/raça como determinante de posição social foi incorporada, e a integração na sociedade de classes se deu por meio da busca pela ascensão social, vista como uma redenção econômica, social e política. No entanto, o preconceito racial atuou como um obstáculo para a ascensão dos negros, mantendo-os em uma posição subordinada. Houve uma divisão entre os que se conformaram com a condição de negros e os que buscaram romper com a associação entre negritude e pobreza, resultando na renúncia de sua identidade original.

No segundo capítulo, Souza aborda o poder e a influência dos mitos na sociedade. O mito é uma narrativa que naturaliza relações sociais e cria uma realidade baseada em fantasia e ilusão. O “mito negro” gera o “problema negro” e se apresenta em três dimensões: pelos elementos de sua composição, pelo poder de determinar o espaço ocupado pelo negro como objeto histórico e pelo desafio imposto ao negro como sujeito histórico. Isso impõe a identificação com a diferença, inferiorizando e subalternizando o negro, perpetuando estereótipos, racismo, preconceitos, desigualdades e subordinação.

O terceiro capítulo examina a influência do narcisismo e do Ideal de Ego na construção da identidade do negro. O ideal de Ego branco, imposto pela sociedade, leva à negação do próprio eu e à busca por um modelo inalcançável, resultando em depressão, busca por um parceiro branco ou engajamento político para reconstruir um Ideal de Ego que represente os valores e interesses do negro. A cura dessa ferida narcísica e o alcance de uma identidade empoderada exigem a construção de um novo Ideal de Ego baseado na militância política e na valorização da história negra.

No capítulo quarto, a autora resume o depoimento de Luísa, uma jovem médica negra do Rio de Janeiro. O relato de Luísa reflete a história de muitas mulheres negras em uma sociedade desigual e despolitizada, enfrentando a luta constante contra o racismo e a falta de oportunidades. A história de Luísa revela as contradições e conflitos de uma identidade negra moldada pelo racismo, mas também mostra sua busca por compreender sua infelicidade e encontrar seu lugar na luta coletiva do movimento negro.

No Capítulo quinto, Souza apresenta depoimentos dos entrevistados, abordando questões como representação individual, fantasias sexuais, representação corporal e identificação racial. Também explora estratégias de ascensão social, incluindo superação da discriminação, aceitação de estereótipos prejudiciais e silenciamento do assunto. A autora destaca a importância de dar voz às experiências pessoais, que moldam a construção do “Eu” em uma sociedade racista que nega a existência do racismo.

No Capítulo sexto, Souza descreve a abordagem utilizada em sua pesquisa, que se concentrou no universo socioeconômico Rio-São Paulo, no Rio de Janeiro. A pesquisa adotou o método de estudos de casos e entrevistas de histórias de vida para explorar o fenômeno da ascensão social dos negros em uma sociedade urbana, capitalista e racista. Os depoimentos foram considerados representativos de um contexto mais amplo, com a história de Luísa como exemplo paradigmático. A pesquisa fundamentou-se na articulação da Teoria da Ideologia com a Psicanálise, tendo o Complexo de Édipo como eixo teórico central.

Ao concluir sua obra, Neusa Santos Souza aponta que os negros no Brasil não precisam de uma identidade negra para ascender socialmente. Ela enfatiza que “ser negro” envolve tomar consciência do processo ideológico que aprisiona os negros em uma imagem alienada.

Leticia Gabriella, estudante de direito da periferia de São Paulo é a primeira geração da família a ingressar no ensino superior. Na faculdade, se percebeu negra | Foto: Keiny Andrade/Folhapress 

Construir uma identidade negra é uma tarefa política que requer contestação e ruptura com o modelo imposto de ser uma caricatura do branco. A impossibilidade de se tornar branco cria uma ferida narcísica nos negros, afetando sua autoestima. Essa ferida resulta em uma tensão entre o ego e o ideal de ego, manifestando-se em sentimento de culpa, inferioridade, fobias e depressão. Souza deseja que seu estudo contribua para a construção de uma nova identidade negra, baseada nos interesses e experiências dos negros, transformando a história individual e coletiva.

Tornar-se Negro é uma obra de extrema relevância para o estudo da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Neusa Santos Souza apresenta uma análise profunda e perspicaz, abordando questões essenciais relacionadas à interseccionalidade de raça, gênero e classe. A autora utiliza uma abordagem histórica e teórica para embasar seus argumentos, apresentando exemplos concretos e casos reais que enriquecem a compreensão do leitor. Sua escrita é densa e, às vezes, acadêmica, o que pode dificultar o acesso para leitores menos familiarizados com o tema. No entanto, o livro oferece uma visão crítica e esclarecedora sobre as complexidades da identidade negra em um contexto de ascensão social, desafiando concepções simplistas e fornecendo uma análise abrangente das vicissitudes enfrentadas pelos negros brasileiros.

Sumário de Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social

  • Prefácio — Da Cor ao Corpo: A Violência do Racismo
    1. Introdução
  • 2. Antecedentes Históricos da Ascensão Social do Negro Brasileiro — A Construção da Emocionalidade
  • 3. O Mito Negro
  • 4. Narcisismo e Ideal do Ego
  • 5. A História de Luísa
  • 6. Temas Privilegiados
    • Representações de si
    • Das estratégias de ascenção
    • Do preço da ascensão: a contínua prova
  • 8. Conclusão
  • Posfácio — Digressões Metodológicas de um Colaborador
  • Bibliografia

Resenhista

Jacineide Santos Cintra Silva é licenciada em Pedagogia e especialista em Currículo, Didática e Avaliação (Uneb) pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Psicopedagogia Clínica e Institucional (Isego). É professora da Educação Básica e Coordenadora Pedagógica no município de Ipirá-BA, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas negras (PPGEAFIN/Uneb). Entre outros trabalhos escreveu: Afetividade: fator essencial no processo de desenvolvimento de crianças autista e A importância dos vínculos parentais no desenvolvimento de crianças com Síndrome de DOWN. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9973791348178987. ID ORCID: https://orcid.org/0009-0003-0970-678X; Redes sociais: @jacineidecintra; E-mail: jacycintra05@hotmail.com.


Para citar esta resenha

SANTOS, Neuza. Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. São Paulo: Zahar, 2021. 176p. Resenha de: SILVA, Jacineide Santos Cintra. Traços da afrodescendência. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024. Disponível em <Traços da Afrodescendência — Resenha de Jacineide Santos Cintra Silva (Uneb) sobre o livro “Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social” de Neusa Santos Souza – Crítica Historiografica (criticahistoriografica.com.br) >.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024 | ISSN 2764-2666

Pesquisa/Search

Alertas/Alerts

Traços da Afrodescendência — Resenha de Jacineide Santos Cintra Silva (Uneb) sobre o livro “Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social” de Neusa Santos Souza

Neusa Santos Souza | Foto: Lea Freire/Acervo Pessoal/EuSemFronteiras

Resumo: Tornar-se Negro, de Neusa Santos Souza, analisa a identidade do negro brasileiro em ascensão social. A obra, densa e acadêmica, revela os desafios emocionais e raciais enfrentados, oferecendo uma visão crítica e esclarecedora sobre as complexidades da identidade negra no Brasil.

Palavras-chave: identidade negra; racismo; desafios emocionais.


Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social é o livro de Neusa Santos Souza, originalmente uma dissertação de mestrado publicada em 1983 e relançado pela Zahar em 2021. Com um novo prefácio de Maria Lúcia da Silva e o prefácio original de Jurandir Freire, intitulado “Da Cor ao Corpo: a violência do racismo”, a obra é considerada um evento político e intelectual dos anos 1980, abordando o racismo no Brasil e focando na construção emocional de negros em ascensão social.

Neusa Santos Souza foi uma psiquiatra, psicanalista e escritora brasileira, nascida em Cachoeira, Bahia, em 1948. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e especializou-se em psiquiatria e psicanálise de orientação lacaniana. Estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde obteve o título de Mestre em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tornando-se uma figura importante na luta contra a discriminação racial. Sua dissertação deu origem ao livro Tornar-se Negro, que é considerado um marco na psicologia negra no Brasil, constituído por narrativas de estudos de caso e histórias de vida de dez personagens que se autodefinem e retratam as estratégias para a ascensão social, com um custo emocional voltado para negação, sujeição e apagamento de suas identidades e culturas. A obra está dividida em seis capítulos.

Na introdução, a autora estabelece o objetivo de construir um discurso do negro sobre o negro, com ênfase na experiência emocional da busca pela ascensão social em uma sociedade branca. Explora as trajetórias individuais, os desafios e o custo emocional dessa busca, destacando a necessidade de enfrentar o massacre da identidade negra e o uso do branco como modelo de identificação. A pesquisa é fundamentada em sua própria experiência e busca respostas além da reflexão acadêmica, abrangendo tanto o conhecimento racional quanto o emocional.

No primeiro capítulo, Souza explora a relação entre a ascensão social dos negros e a formação de sua identidade emocional ao longo da história. Durante a escravidão, os negros foram subordinados e forçados a adotar o branco como modelo de identidade para buscar melhores posições sociais. Com o fim da escravidão, a cor/raça como determinante de posição social foi incorporada, e a integração na sociedade de classes se deu por meio da busca pela ascensão social, vista como uma redenção econômica, social e política. No entanto, o preconceito racial atuou como um obstáculo para a ascensão dos negros, mantendo-os em uma posição subordinada. Houve uma divisão entre os que se conformaram com a condição de negros e os que buscaram romper com a associação entre negritude e pobreza, resultando na renúncia de sua identidade original.

No segundo capítulo, Souza aborda o poder e a influência dos mitos na sociedade. O mito é uma narrativa que naturaliza relações sociais e cria uma realidade baseada em fantasia e ilusão. O “mito negro” gera o “problema negro” e se apresenta em três dimensões: pelos elementos de sua composição, pelo poder de determinar o espaço ocupado pelo negro como objeto histórico e pelo desafio imposto ao negro como sujeito histórico. Isso impõe a identificação com a diferença, inferiorizando e subalternizando o negro, perpetuando estereótipos, racismo, preconceitos, desigualdades e subordinação.

O terceiro capítulo examina a influência do narcisismo e do Ideal de Ego na construção da identidade do negro. O ideal de Ego branco, imposto pela sociedade, leva à negação do próprio eu e à busca por um modelo inalcançável, resultando em depressão, busca por um parceiro branco ou engajamento político para reconstruir um Ideal de Ego que represente os valores e interesses do negro. A cura dessa ferida narcísica e o alcance de uma identidade empoderada exigem a construção de um novo Ideal de Ego baseado na militância política e na valorização da história negra.

No capítulo quarto, a autora resume o depoimento de Luísa, uma jovem médica negra do Rio de Janeiro. O relato de Luísa reflete a história de muitas mulheres negras em uma sociedade desigual e despolitizada, enfrentando a luta constante contra o racismo e a falta de oportunidades. A história de Luísa revela as contradições e conflitos de uma identidade negra moldada pelo racismo, mas também mostra sua busca por compreender sua infelicidade e encontrar seu lugar na luta coletiva do movimento negro.

No Capítulo quinto, Souza apresenta depoimentos dos entrevistados, abordando questões como representação individual, fantasias sexuais, representação corporal e identificação racial. Também explora estratégias de ascensão social, incluindo superação da discriminação, aceitação de estereótipos prejudiciais e silenciamento do assunto. A autora destaca a importância de dar voz às experiências pessoais, que moldam a construção do “Eu” em uma sociedade racista que nega a existência do racismo.

No Capítulo sexto, Souza descreve a abordagem utilizada em sua pesquisa, que se concentrou no universo socioeconômico Rio-São Paulo, no Rio de Janeiro. A pesquisa adotou o método de estudos de casos e entrevistas de histórias de vida para explorar o fenômeno da ascensão social dos negros em uma sociedade urbana, capitalista e racista. Os depoimentos foram considerados representativos de um contexto mais amplo, com a história de Luísa como exemplo paradigmático. A pesquisa fundamentou-se na articulação da Teoria da Ideologia com a Psicanálise, tendo o Complexo de Édipo como eixo teórico central.

Ao concluir sua obra, Neusa Santos Souza aponta que os negros no Brasil não precisam de uma identidade negra para ascender socialmente. Ela enfatiza que “ser negro” envolve tomar consciência do processo ideológico que aprisiona os negros em uma imagem alienada.

Leticia Gabriella, estudante de direito da periferia de São Paulo é a primeira geração da família a ingressar no ensino superior. Na faculdade, se percebeu negra | Foto: Keiny Andrade/Folhapress 

Construir uma identidade negra é uma tarefa política que requer contestação e ruptura com o modelo imposto de ser uma caricatura do branco. A impossibilidade de se tornar branco cria uma ferida narcísica nos negros, afetando sua autoestima. Essa ferida resulta em uma tensão entre o ego e o ideal de ego, manifestando-se em sentimento de culpa, inferioridade, fobias e depressão. Souza deseja que seu estudo contribua para a construção de uma nova identidade negra, baseada nos interesses e experiências dos negros, transformando a história individual e coletiva.

Tornar-se Negro é uma obra de extrema relevância para o estudo da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Neusa Santos Souza apresenta uma análise profunda e perspicaz, abordando questões essenciais relacionadas à interseccionalidade de raça, gênero e classe. A autora utiliza uma abordagem histórica e teórica para embasar seus argumentos, apresentando exemplos concretos e casos reais que enriquecem a compreensão do leitor. Sua escrita é densa e, às vezes, acadêmica, o que pode dificultar o acesso para leitores menos familiarizados com o tema. No entanto, o livro oferece uma visão crítica e esclarecedora sobre as complexidades da identidade negra em um contexto de ascensão social, desafiando concepções simplistas e fornecendo uma análise abrangente das vicissitudes enfrentadas pelos negros brasileiros.

Sumário de Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social

  • Prefácio — Da Cor ao Corpo: A Violência do Racismo
    1. Introdução
  • 2. Antecedentes Históricos da Ascensão Social do Negro Brasileiro — A Construção da Emocionalidade
  • 3. O Mito Negro
  • 4. Narcisismo e Ideal do Ego
  • 5. A História de Luísa
  • 6. Temas Privilegiados
    • Representações de si
    • Das estratégias de ascenção
    • Do preço da ascensão: a contínua prova
  • 8. Conclusão
  • Posfácio — Digressões Metodológicas de um Colaborador
  • Bibliografia

Resenhista

Jacineide Santos Cintra Silva é licenciada em Pedagogia e especialista em Currículo, Didática e Avaliação (Uneb) pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Psicopedagogia Clínica e Institucional (Isego). É professora da Educação Básica e Coordenadora Pedagógica no município de Ipirá-BA, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas negras (PPGEAFIN/Uneb). Entre outros trabalhos escreveu: Afetividade: fator essencial no processo de desenvolvimento de crianças autista e A importância dos vínculos parentais no desenvolvimento de crianças com Síndrome de DOWN. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9973791348178987. ID ORCID: https://orcid.org/0009-0003-0970-678X; Redes sociais: @jacineidecintra; E-mail: jacycintra05@hotmail.com.


Para citar esta resenha

SANTOS, Neuza. Tornar-se negro: Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. São Paulo: Zahar, 2021. 176p. Resenha de: SILVA, Jacineide Santos Cintra. Traços da afrodescendência. Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024. Disponível em <Traços da Afrodescendência — Resenha de Jacineide Santos Cintra Silva (Uneb) sobre o livro “Tornar-se Negro: Ou as Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social” de Neusa Santos Souza – Crítica Historiografica (criticahistoriografica.com.br) >.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.16, mar./abr., 2024 | ISSN 2764-2666

Resenhistas

Privacidade

Ao se inscrever nesta lista de e-mails, você estará sujeito à nossa política de privacidade.

Acesso livre

Crítica Historiográfica não cobra taxas para submissão, publicação ou uso dos artigos. Os leitores podem baixar, copiar, distribuir, imprimir os textos para fins não comerciais, desde que citem a fonte.

Foco e escopo

Publicamos resenhas de livros e de dossiês de artigos de revistas acadêmicas que tratem da reflexão, investigação, comunicação e/ou consumo da escrita da História. Saiba mais sobre o único periódico de História inteiramente dedicado à Crítica em formato resenha.

Corpo editorial

Somos professore(a)s do ensino superior brasileiro, especializado(a)s em mais de duas dezenas de áreas relacionadas à reflexão, produção e usos da História. Faça parte dessa equipe.

Submissões

As resenhas devem expressar avaliações de livros ou de dossiês de revistas acadêmicas autodesignadas como "de História". Conheça as normas e envie-nos o seu texto.

Pesquisa


Enviar mensagem de WhatsApp