O vernáculo em perspectiva temporal – Resenha de Mirelle Santos (UFS), sobre o livro “História do Português”, de Carlos Alberto Faraco

Resumo: No livro História do Português, Carlos Alberto Faraco explora a a trajetória da língua portuguesa desde o latim vulgar até sua consolidação moderna. A obra é elogiada pela abordagem histórica e didática, mas criticada por sua densidade, exigindo conhecimentos prévios em linguística.

Palavras-chave: língua portuguesa; evolução linguística; história cultural.


História do Português, de Carlos Alberto Faraco, publicado em 2019 pela editora Parabola, em São Paulo, é um livro organizado por Andreia Custodio, Tommaso Raso, Celso Ferrarezi e Telma Custodio, com revisão de Thiago Zilio Passerini. A obra explora a trajetória da língua portuguesa ao longo dos séculos. Por meio de uma análise abrangente, o autor traça um percurso que nos mostra desde as suas origens no latim vulgar até sua consolidação como uma língua global.

Carlos Alberto Faraco é um renomado linguista brasileiro, nascido em Curitiba, Paraná, em 20 de maio de 1950. Posteriormente, obteve seu mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1978, e seu doutorado em Linguística pela University of Salford, na Inglaterra, em 1982. Faraco também fez pós-doutorado na University of California, de 1995 a 1996. Ele é professor aposentado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também atuou como reitor de 1990 a 1994.

A obra é dividida em quatro capítulos que abordam diferentes períodos históricos e fenômenos linguísticos. Desde a formação do latim vulgar, passando pelas influências das línguas germânicas e árabes, até o desenvolvimento do português moderno, o livro apresenta uma análise detalhada de como a língua evoluiu. Cada capítulo é cuidadosamente organizado para oferecer uma compreensão clara e concisa dos eventos e processos que moldaram o português ao longo dos séculos. Faraco e os organizadores adotam uma abordagem histórica e comparativa, combinando dados linguísticos com contextos socioculturais, mapas, tabelas e gráficos para ilustrar a disseminação e as transformações da língua de maneira atraente e didática. Embora o português tenha se originado do latim vulgar, ele foi profundamente influenciado por uma série de fatores históricos e culturais.

No capítulo I, o autor nos mostra a história da língua portuguesa e como ela é um reflexo da complexidade e diversidade da sociedade que a fala. Desde suas origens, o português se desenvolveu em um contexto de interações culturais, influências e transformações sociais. Dentro dos países de língua portuguesa, existem inúmeras variações dialetais que refletem a identidade local e regional, na sociedade contraditória. Embora o português seja uma língua comum entre os países lusófonos, cada nação ou comunidade fala a língua de maneira única.

É importante destacar que a transição do Estado dinástico para o Estado-nação é resultado de um processo em que o rei ou rainha era visto como a personificação do Estado, muitas vezes tratado como “pai” ou “mãe” do povo. Em muitos Estados dinásticos, era grande a diversidade de línguas e dialetos falados por diferentes grupos étnicos e culturais. Não havia necessidade de uma língua nacional ou oficial, pois a unidade era garantida pela figura do monarca. A mudança de um Estado dinástico para um Estado-nação transformou significativamente as relações entre autoridade, cidadãos e linguagem.

Por meio da investigação, é possível observar que a administração se tornou mais eficiente. Documentos oficiais, leis e comunicações governamentais passaram a ser redigidos em castelhano, facilitando o entendimento e a implementação das políticas do Estado. A imposição da língua castelhana não foi apenas uma questão administrativa, mas também uma questão cultural. As pessoas começaram a valorizar suas próprias línguas e culturas locais. Um dos marcos da Reforma Protestante foi a tradução da Bíblia para as línguas vernáculas.

No capítulo 2, é desenvolvida a Constituição do Império Austro-Húngaro, um marco importante na história da monarquia dual que unificou os reinos da Áustria e da Hungria. Por isso, a necessidade de reformas e a pressão por uma maior autonomia resultaram na criação da monarquia dual. O império era habitado por diversas nacionalidades que frequentemente se sentiam marginalizadas pela predominância do alemão e do húngaro.

O capítulo segue discutindo, as variantes diacrônicas que ocorrem na língua ao longo do tempo. Isso inclui a evolução de palavras, gramática e pronúncia. Assim, a língua portuguesa passou por várias transformações desde o latim vulgar até os dias atuais, com influências de outras línguas e a formação de diferentes dialetos.

Essa hierarquia linguística possui mecanismos que buscam uniformizar uma língua em um determinado contexto, promovendo a ideia de uma norma comum; por isso, ocorre a inferioridade. A Unificação Linguística tem o objetivo de reduzir variações regionais e sociais, criando uma forma padrão que possa ser compreendida por todos os falantes de uma língua. O ponto homogeneizador pode também servir para criar um senso de identidade entre os falantes, unindo-os em torno de uma norma comum.

Embora todos os países de língua portuguesa compartilhem uma língua comum, cada um deles tem suas próprias tradições, costumes e histórias que moldam suas identidades. Brasil, tem uma rica mistura de influências indígenas, africanas e europeias. Portugal, tem uma cultura fortemente influenciada pela sua história marítima e pela presença de diversas regiões com tradições distintas.

No capítulo 3, Faraco fala sobre as origens da língua portuguesa, que estão profundamente ligadas à história da Península Ibérica, especialmente na região que hoje corresponde à Galiza, no noroeste da Espanha, e ao norte de Portugal. A língua portuguesa evoluiu do latim vulgar, que era a forma do latim falada pelas classes populares durante o Império Romano. Com o tempo, diversas variantes do latim se desenvolveram nas diferentes regiões, levando ao surgimento das línguas românicas.

Com a expansão territorial, não apenas a língua, mas também as tradições culturais, religiosas e sociais foram levadas para as novas regiões. A mistura de culturas cristãs e muçulmanas também influenciou o desenvolvimento da língua. Assim, os filólogos oitocentistas desempenharam um papel importante na análise e sistematização da língua portuguesa durante o século XIX. Esse período foi marcado por um crescente interesse pela linguística e pela história das línguas, com muitos filólogos dedicando-se ao estudo das origens, evolução e gramática do português, ajudando a estabelecer normas linguísticas e a valorizar o uso correto do idioma.

O livro nos mostra a hegemonia da língua portuguesa no Brasil, que é um fenômeno histórico e sociocultural consolidado ao longo dos séculos. Os colonizadores estabeleceram o português como a língua da administração, da religião e da educação. A hegemonia do português no Brasil é um exemplo claro de como a língua pode se tornar um símbolo de identidade nacional e cultural ao longo do tempo.

Embora o português seja a língua hegemônica no Brasil, esse fato não elimina as variações regionais, pelo contrário, elas fazem parte da riqueza cultural do país.

Biscoito ou bolacha são duas formas corretas e aceitáveis de nomear um alimento. Foto: Pixnio/Educa+Brasil.

Finalizando o capítulo o há referências ao Diretório dos Índios, que foi uma medida administrativ para a organização e controle das populações indígenas. O objetivo era “civilizar” os indígenas e integrá-los à sociedade colonial, promovendo a evangelização e a agricultura. Essa política também buscava proteger os indígenas contra abusos por parte dos colonos, resultando em mais controle e subjugação.

Apesar de Faraco se esforçar para ser didático, a obra é densa e complexa, exigindo um conhecimento prévio de linguística para um aproveitamento pleno. Isso pode limitar a acessibilidade do livro a um público mais amplo que poderia se interessar pela história do português, mas que não possui formação especializada na área.

A obra História do Português, por outro lado, nos leva numa viagem ao passado, percorrendo cada etapa da evolução linguística de forma sintética. Os autores vão além de uma simples exposição de fato. Isso nos faz refletir sobre os fatores históricos e culturais que moldaram o português atual e enriquecem ainda mais a leitura, revelando a língua como um reflexo da sociedade ao longo das épocas. Nesse viés, a linguagem acessível acolhe outras pessoas que estejam dispostas a entender o funcionamento da língua, incentivando a explorar o tema com vontade. No final, esta obra não só nos ensina sobre a dinâmica temporal do português, mas também fortalece nossa conexão com a cultura e identidade que ela representa, tornando-se uma leitura indispensável para todos os interessados no tema, como uma ferramenta de resistência e afirmação cultural.

O livro é fundamental para os cursos de graduação em Letras com ênfase em Português, pois oferece uma base sólida sobre a trajetória da língua, abordando aspectos linguísticos e contextos históricos e sociais que moldaram o português. Faraco estimula uma reflexão crítica sobre o papel da língua na sociedade brasileira, permitindo que os alunos vejam o português como um fenômeno dinâmico. Sua obra não se limita ao âmbito acadêmico, ela também contribui para a compreensão da identidade cultural brasileira e valoriza nossa língua como um patrimônio rico e diverso, promovendo pertencimento e orgulho entre os falantes. Para quem deseja entender, a dinâmica linguística, não apenas a língua, mas também as raízes que sustentam a cultura, esta obra vai ajudar a compreensão mais profunda do português como um fenômeno cultural.

Sumário de História do Português

  • 1. Sociedade, estado-nação, língua, cultura
  • 2. História da língua portuguesa e suas culturas
  • 3. A língua portuguesa se torna hegemônica no Brasil
  • 4. Bibliografia comentada

Resenhista

Mirelle da Silva possui graduação em Letras Português (2024), pela Universidade Federal de Sergipe. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9819498570901583; ID ORCID: https://orcid.org/0009-0001-3359-9238; E-mail: mirellesilva0295@gmail.com.

 


Para citar esta resenha

FARACO, Carlos Alberto. História do Português. São Paulo: Parábola, 2019. 192p. Resenha de: SILVA, Mirelle. O vernáculo em perspectiva temporal. Crítica Historiográfica. v.4, n.18, jul./ago., 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/o-vernaculo-em-perspectiva-temporal-resenha-de-mirelle-santos-sobre-o-livro-historia-do-portugues-de-carlos-alberto-faraco/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.18, jul./ago., 2024 | ISSN 2764-2666.

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O vernáculo em perspectiva temporal – Resenha de Mirelle Santos (UFS), sobre o livro “História do Português”, de Carlos Alberto Faraco

Resumo: No livro História do Português, Carlos Alberto Faraco explora a a trajetória da língua portuguesa desde o latim vulgar até sua consolidação moderna. A obra é elogiada pela abordagem histórica e didática, mas criticada por sua densidade, exigindo conhecimentos prévios em linguística.

Palavras-chave: língua portuguesa; evolução linguística; história cultural.


História do Português, de Carlos Alberto Faraco, publicado em 2019 pela editora Parabola, em São Paulo, é um livro organizado por Andreia Custodio, Tommaso Raso, Celso Ferrarezi e Telma Custodio, com revisão de Thiago Zilio Passerini. A obra explora a trajetória da língua portuguesa ao longo dos séculos. Por meio de uma análise abrangente, o autor traça um percurso que nos mostra desde as suas origens no latim vulgar até sua consolidação como uma língua global.

Carlos Alberto Faraco é um renomado linguista brasileiro, nascido em Curitiba, Paraná, em 20 de maio de 1950. Posteriormente, obteve seu mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1978, e seu doutorado em Linguística pela University of Salford, na Inglaterra, em 1982. Faraco também fez pós-doutorado na University of California, de 1995 a 1996. Ele é professor aposentado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também atuou como reitor de 1990 a 1994.

A obra é dividida em quatro capítulos que abordam diferentes períodos históricos e fenômenos linguísticos. Desde a formação do latim vulgar, passando pelas influências das línguas germânicas e árabes, até o desenvolvimento do português moderno, o livro apresenta uma análise detalhada de como a língua evoluiu. Cada capítulo é cuidadosamente organizado para oferecer uma compreensão clara e concisa dos eventos e processos que moldaram o português ao longo dos séculos. Faraco e os organizadores adotam uma abordagem histórica e comparativa, combinando dados linguísticos com contextos socioculturais, mapas, tabelas e gráficos para ilustrar a disseminação e as transformações da língua de maneira atraente e didática. Embora o português tenha se originado do latim vulgar, ele foi profundamente influenciado por uma série de fatores históricos e culturais.

No capítulo I, o autor nos mostra a história da língua portuguesa e como ela é um reflexo da complexidade e diversidade da sociedade que a fala. Desde suas origens, o português se desenvolveu em um contexto de interações culturais, influências e transformações sociais. Dentro dos países de língua portuguesa, existem inúmeras variações dialetais que refletem a identidade local e regional, na sociedade contraditória. Embora o português seja uma língua comum entre os países lusófonos, cada nação ou comunidade fala a língua de maneira única.

É importante destacar que a transição do Estado dinástico para o Estado-nação é resultado de um processo em que o rei ou rainha era visto como a personificação do Estado, muitas vezes tratado como “pai” ou “mãe” do povo. Em muitos Estados dinásticos, era grande a diversidade de línguas e dialetos falados por diferentes grupos étnicos e culturais. Não havia necessidade de uma língua nacional ou oficial, pois a unidade era garantida pela figura do monarca. A mudança de um Estado dinástico para um Estado-nação transformou significativamente as relações entre autoridade, cidadãos e linguagem.

Por meio da investigação, é possível observar que a administração se tornou mais eficiente. Documentos oficiais, leis e comunicações governamentais passaram a ser redigidos em castelhano, facilitando o entendimento e a implementação das políticas do Estado. A imposição da língua castelhana não foi apenas uma questão administrativa, mas também uma questão cultural. As pessoas começaram a valorizar suas próprias línguas e culturas locais. Um dos marcos da Reforma Protestante foi a tradução da Bíblia para as línguas vernáculas.

No capítulo 2, é desenvolvida a Constituição do Império Austro-Húngaro, um marco importante na história da monarquia dual que unificou os reinos da Áustria e da Hungria. Por isso, a necessidade de reformas e a pressão por uma maior autonomia resultaram na criação da monarquia dual. O império era habitado por diversas nacionalidades que frequentemente se sentiam marginalizadas pela predominância do alemão e do húngaro.

O capítulo segue discutindo, as variantes diacrônicas que ocorrem na língua ao longo do tempo. Isso inclui a evolução de palavras, gramática e pronúncia. Assim, a língua portuguesa passou por várias transformações desde o latim vulgar até os dias atuais, com influências de outras línguas e a formação de diferentes dialetos.

Essa hierarquia linguística possui mecanismos que buscam uniformizar uma língua em um determinado contexto, promovendo a ideia de uma norma comum; por isso, ocorre a inferioridade. A Unificação Linguística tem o objetivo de reduzir variações regionais e sociais, criando uma forma padrão que possa ser compreendida por todos os falantes de uma língua. O ponto homogeneizador pode também servir para criar um senso de identidade entre os falantes, unindo-os em torno de uma norma comum.

Embora todos os países de língua portuguesa compartilhem uma língua comum, cada um deles tem suas próprias tradições, costumes e histórias que moldam suas identidades. Brasil, tem uma rica mistura de influências indígenas, africanas e europeias. Portugal, tem uma cultura fortemente influenciada pela sua história marítima e pela presença de diversas regiões com tradições distintas.

No capítulo 3, Faraco fala sobre as origens da língua portuguesa, que estão profundamente ligadas à história da Península Ibérica, especialmente na região que hoje corresponde à Galiza, no noroeste da Espanha, e ao norte de Portugal. A língua portuguesa evoluiu do latim vulgar, que era a forma do latim falada pelas classes populares durante o Império Romano. Com o tempo, diversas variantes do latim se desenvolveram nas diferentes regiões, levando ao surgimento das línguas românicas.

Com a expansão territorial, não apenas a língua, mas também as tradições culturais, religiosas e sociais foram levadas para as novas regiões. A mistura de culturas cristãs e muçulmanas também influenciou o desenvolvimento da língua. Assim, os filólogos oitocentistas desempenharam um papel importante na análise e sistematização da língua portuguesa durante o século XIX. Esse período foi marcado por um crescente interesse pela linguística e pela história das línguas, com muitos filólogos dedicando-se ao estudo das origens, evolução e gramática do português, ajudando a estabelecer normas linguísticas e a valorizar o uso correto do idioma.

O livro nos mostra a hegemonia da língua portuguesa no Brasil, que é um fenômeno histórico e sociocultural consolidado ao longo dos séculos. Os colonizadores estabeleceram o português como a língua da administração, da religião e da educação. A hegemonia do português no Brasil é um exemplo claro de como a língua pode se tornar um símbolo de identidade nacional e cultural ao longo do tempo.

Embora o português seja a língua hegemônica no Brasil, esse fato não elimina as variações regionais, pelo contrário, elas fazem parte da riqueza cultural do país.

Biscoito ou bolacha são duas formas corretas e aceitáveis de nomear um alimento. Foto: Pixnio/Educa+Brasil.

Finalizando o capítulo o há referências ao Diretório dos Índios, que foi uma medida administrativ para a organização e controle das populações indígenas. O objetivo era “civilizar” os indígenas e integrá-los à sociedade colonial, promovendo a evangelização e a agricultura. Essa política também buscava proteger os indígenas contra abusos por parte dos colonos, resultando em mais controle e subjugação.

Apesar de Faraco se esforçar para ser didático, a obra é densa e complexa, exigindo um conhecimento prévio de linguística para um aproveitamento pleno. Isso pode limitar a acessibilidade do livro a um público mais amplo que poderia se interessar pela história do português, mas que não possui formação especializada na área.

A obra História do Português, por outro lado, nos leva numa viagem ao passado, percorrendo cada etapa da evolução linguística de forma sintética. Os autores vão além de uma simples exposição de fato. Isso nos faz refletir sobre os fatores históricos e culturais que moldaram o português atual e enriquecem ainda mais a leitura, revelando a língua como um reflexo da sociedade ao longo das épocas. Nesse viés, a linguagem acessível acolhe outras pessoas que estejam dispostas a entender o funcionamento da língua, incentivando a explorar o tema com vontade. No final, esta obra não só nos ensina sobre a dinâmica temporal do português, mas também fortalece nossa conexão com a cultura e identidade que ela representa, tornando-se uma leitura indispensável para todos os interessados no tema, como uma ferramenta de resistência e afirmação cultural.

O livro é fundamental para os cursos de graduação em Letras com ênfase em Português, pois oferece uma base sólida sobre a trajetória da língua, abordando aspectos linguísticos e contextos históricos e sociais que moldaram o português. Faraco estimula uma reflexão crítica sobre o papel da língua na sociedade brasileira, permitindo que os alunos vejam o português como um fenômeno dinâmico. Sua obra não se limita ao âmbito acadêmico, ela também contribui para a compreensão da identidade cultural brasileira e valoriza nossa língua como um patrimônio rico e diverso, promovendo pertencimento e orgulho entre os falantes. Para quem deseja entender, a dinâmica linguística, não apenas a língua, mas também as raízes que sustentam a cultura, esta obra vai ajudar a compreensão mais profunda do português como um fenômeno cultural.

Sumário de História do Português

  • 1. Sociedade, estado-nação, língua, cultura
  • 2. História da língua portuguesa e suas culturas
  • 3. A língua portuguesa se torna hegemônica no Brasil
  • 4. Bibliografia comentada

Resenhista

Mirelle da Silva possui graduação em Letras Português (2024), pela Universidade Federal de Sergipe. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9819498570901583; ID ORCID: https://orcid.org/0009-0001-3359-9238; E-mail: mirellesilva0295@gmail.com.

 


Para citar esta resenha

FARACO, Carlos Alberto. História do Português. São Paulo: Parábola, 2019. 192p. Resenha de: SILVA, Mirelle. O vernáculo em perspectiva temporal. Crítica Historiográfica. v.4, n.18, jul./ago., 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/o-vernaculo-em-perspectiva-temporal-resenha-de-mirelle-santos-sobre-o-livro-historia-do-portugues-de-carlos-alberto-faraco/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.18, jul./ago., 2024 | ISSN 2764-2666.

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