Aprendizagem histórica nas redes – Resenha de “Ensino de História e internet: aprendizagens conectadas”, organizado por Osvaldo Rodrigues Junior e Marcelo Fronza

Resenhado por Vanessa Spinosa (UFRN) | ID Orcid: 0000-0003-1736-4110 e Ana Amélia Rodrigues de Oliveira (IFCE/UFC) | ID Orcid: 0000-0002-3985-4877.


Marcelo Fronza e Osvaldo Rodrigues Júnior | Imagens: Notícias de Jussara e UFMT

História e Internet é um trabalho coletivo de profissionais que atuam no campo do Ensino de História. O livro é estruturado em sete capítulos, escritos individualmente ou em co-autoria, prefaciado pela historiadora Aléxia de Pádua e organizado por Marcelo Fronza e Osvaldo Rodrigues Junior, docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). O livro foi publicado pela editora Paruna, em 2021, e explora temas relacionados às tecnologias digitais e aos usos da internet ao ensino de História. O time de autores(as), deslocado do eixo sudestino, traz olhares da América Latina (Colômbia) e Europa (Portugal), congregando docentes pesquisadores(as) de Institutos Federais, Universidades Federais e Universidades Estaduais.

Narrativas históricas na tecnosfera: a responsabilidade de ensinar História através da internet” é o primeiro capítulo. Nele, Arnaldo Szlachta Junior e Márcia Elisa Ramos refletem sobra a tecnosfera, de forma direta e esquemática, e relacionam a importância do tema com o ensino de História. Uma parte dos escritos aponta o que seria toda a evolução, desde a web 1.0 até a 4.0, as possibilidades de uso da internet, desde a sua popularização. Há também um apartado dedicado a pensar a importância da narrativa, como algo inerente ao ser humano e que dá sentido à memória. No caso, trabalhar no ambiente digital requer também uma valorização dessa perspectiva sobre narrativa e memória, entendendo que estão em um ambiente distinto, inseridas em uma comunidade virtual.

Algumas reflexões são possíveis aqui. A primeira é o uso da nomenclatura “nova” para as tecnologias da informação e comunicação. A autora e o autor afirmam que a tecnosfera não é um ambiente, um espaço que deve ser entendido como natural, típico da nossa era, ou algo do estilo. Ao revés, há uma clareza quando expõem para a pessoa leitora as dissonâncias sociais e econômicas a serem consideradas, sobretudo quando tratamos de pensar o Brasil. A dupla não adota a terminologia de Prensky, dividindo a população de maneira etária em relação ao acesso e uso da internet e ados dispositivos móveis. Traz a vertente de David White e Alison Le Cornu (2011), partindo das categorias residentes e visitantes para o uso das tecnologias digitais, que tem a ver mais com o tempo de relação com o ciberespaço e o seu manejo do que com questões geracionais.

O segundo ponto destacado se relaciona aos exemplos de aplicativos e plataformas utilizáveis em coreografias didáticas, já que são múltiplos movimentos com uma mesma direção, produzidos pela pessoa docente. Mesmo assim, não houve relativização alguma de aspectos materiais e sócio econômicos que poderiam limitar o uso dessas aplicações pelas turmas do ensino básico no Brasil. As ideias e alternativas são ótimas, embora fosse pertinente mensurar quais iriam requerer de maiores recursos tecnológicos.

Danilo Alves da Silva é o autor do capítulo “Letramento histórico-digital e o Ensino de História.” O autor chama a atenção para o fato de que o uso das tecnologias digitais no Ensino de História não pode estar dissociado dos aspectos teóricos e metodológicos da ciência histórica. Partindo do conceito de “humanidades digitais”, Silva defende que os professores e professoras das ciências humanas e sociais devem entender como as tecnologias digitais incidem sobre a produção do conhecimento nas ciências de referência e nas suas práticas escolares. Por essa premissa, o seu objetivo é apresentar uma proposta metodológica que articule as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC’s), o método histórico e os elementos que envolvem o Ensino de História. O método proposto por Danilo Alves possui três etapas, nas quais são desenvolvidas competências para (1) a investigação histórica (procedimentos de pesquisa), (2) a competência tecnológico-digital (apropriação de saberes tecnológicos e digitais aplicados à pesquisa histórica) e (3) a competência narrativa (constituição histórica de sentido expresso em diferentes linguagens).

As reflexões apresentadas pelo autor ao longo do texto nos fazem repensar sobre o uso das tecnologias digitais nas aulas de História, muitas vezes utilizadas meramente como ferramentas, algo que pouco contribui para a formação do pensamento histórico dos estudantes. Além disso, considerando a fluidez do nosso tempo vivido e repleto de novidades, pensamos ser importante adotar uma postura aberta, lúdica e especulativa com a tecnologia, o que pode resultar em ganhos para o letramento histórico e digital de todos os sujeitos envolvidos na relação ensino e aprendizagem, a exemplo do que sugerem A. Lucchesi e D. Maynard (2019, p.181)

O capítulo de Edilson Aparecido Chaves e Tânia Maria F. Braga Garcia – “Sobre ondas, planos e rotas: considerações didáticas sobre jovens e Internet em aulas de história – trata dos “processos didáticos em aulas de História, nos quais as ações docentes e discentes estão apoiadas de alguma forma em conteúdos que circulam nas redes digitais” (p.51), no contexto da pandemia do COVID-19, no Ensino Médio e público do Paraná. Os autores mostram as tensões na área de História geradas pela reflexão sobre o marco cronológico e a relação com seus temas próprios da História, bem como as avaliações de exames de acesso ao ensino superior. O trabalho se baseia na pesquisa realizada entre 2020 e 2021, no primeiro ano, com turmas no ensino remoto, usando google forms, e atuando no ensino com classroom e google meet. A ideia é “distanciar-se dos modelos que privilegiam a memorização e as aulas” e organizar aulas “mais estimulantes e atraentes aos jovens” (p.59).

Vale destacar que o capítulo detalha o plano de ação, metodologia e sua justificativa, efetuado para um tema específico que elegeram aprofundar, qual seja, a expansão europeia no recorte tradicional da idade moderna. Há apontamentos interessantes de como o uso da música, associado ao uso do livro didático e uma diversidade de linguagens pesquisada no ciberespaço, foi capaz de promover interação e discussão sobre tempo, espaço e sentidos de mobilidade no período histórico.

A dupla também aponta as dificuldades, durante o ensino remoto, no que toca às condições de conectividade das turmas como um fator a considerar e que exige adaptações e concessões. Após descreverem as saídas encontradas pelos alunos para enfrentar os problemas de efetuar as atividades/pesquisas de estudos, os autores revelam que “não há, da parte deles, a menor resistência em utilizar os mais diversos materiais e que, inclusive, criam seus próprios métodos na busca de respostas mais seguras no emaranhado de informações, de links e janelas diversas que se abrem a cada nova aula”(p. 68). Ainda que não coloquem de maneira explícita as categorias, o trabalho docente cooperativo e o método ativo com as turmas revela um esforço no sentido do letramento digital, com aprendizado mútuo.

“Entre forma e conteúdo: os estudantes do Ensino Médio diante das temáticas históricas no Youtube” é o título do artigo de Karina Oliveira Brito e Osvaldo Rodrigues Júnior. Como o objetivo do artigo é analisar a audiência de conteúdos escolares por estudantes do ensino médio da Rede Federal de Ensino Profissional Tecnológico, os autores discutem resultados de pesquisa sobre o Vídeo Viewers, realizada em 2018 pelo Google, e TIC Domicílios, realizada em 2019, mostrando como 1/3 dos brasileiros consumiram vídeos ao longo desses dois anos.

Para fazer um levantamento dessa audiência, os autores realizaram uma pesquisa sobre a recepção vídeos, envolvendo noventa e um estudantes do 1º ano do Ensino Médio dos cursos Técnico em Informática e Agropecuária da Rede Federal do Estado do Mato Grosso, que assistiram o vídeo “O que é fasciscmo. Entenda de um jeito simples”, produzido por Felipe Castanhari e disponível no canal do Youtube Nostalgia. Depois de descreverem o canal Nostalgia, comentam o processo e o resultado da pesquisa. Para a análise dessas respostas, utilizaram o software Iramuteq e, por meio da estatística, da similitude e da formação de nuvens de palavras, chegaram à conclusão de que os estudantes ainda carregam uma concepção de história tradicional, dão legitimidade ao conteúdo pela forma como ele é apresentado e pela capacidade de atingir amplas audiências e que ainda respeitam a autoridade do historiador.

O trabalho dessa dupla mostra como professores e professoras podem transformar vídeos desse tipo em aliados ao processo de ensino e aprendizagem histórica, empregando-os como fonte em sala de aula. Tal proposta vai ao encontro da ideia de experimentação criativa defendida por Anita Lucchesi e Dilton Maynard (Lucchesi; Maynard, 2019, p.182), que consiste em abandonar uma atitude passiva por parte do sujeito interessado em aprender, em prol de uma interação com as tecnologias digitais no nosso dia a dia.

“As evidências audiovisuais mobilizadas por vídeos de história no YouTube como possibilidade de aprendizagem histórica dos jovens estudantes portugueses” é o texto de Marcelo Fronza.

A partir de um trabalho investigativo, realizado com trinta e cinco estudantes portugueses, com idades entre 16 e 17 anos, Fronza buscou compreender como os alunos e alunas mobilizam a geração de sentido histórico ao terem contato com evidências audiovisuais (histórias em quadrinhos, videogames, filmes e vídeos da internet).

Screemshot do arquivo de vídeo Nostalgia História T1 – 500 anos em 1 hora História do Brasil (Fronza; Rodrigues Júnior, 2022, p.98).

O autor selecionou três vídeos que tratam da história da colonização europeia sobre os povos da América para serem utilizados como evidência audiovisual: “500 anos de história do Brasil”, do canal Nostalgia, de Felipe Castanhari; “Ciclo do ouro”, do canal Débora Aladim; e “O que foi a Revolta dos Búzios?”, do canal PhCôrtes. A análise das respostas considerou princípios e propósitos da Ciência História, como conhecimento histórico substantivo, síntese histórica, verdade histórica e relativismo histórico.

O artigo de Marcelo Fronza, como também o de Karina Oliveira Brito e Osvaldo Rodrigues nos inspiram a pensar inúmeras possibilidades de uso dessas narrativas históricas audiovisuais, tão em moda nos tempos atuais e tão buscadas pelos estudantes, no Ensino de História. Essa estratégia faz com que “o aluno deixe de ser apenas um consumidor de conteúdo para se transformar num consumidor crítico, com condições de interpretar fontes documentais de naturezas diversas e perceber a importância dessas novas tecnologias na sociedade contemporânea” (p.89).

O capítulo seguinte – “Educação histórica e Ensino de História no meio digital: debate conceitual e partilha de uma experiência no campo da educação histórica” –, escrito por Marília Gago, é iniciado com a análise de duas teorias educacionais: a behaviorista, em cuja aprendizagem por objetivos se preocupa mais com a apresentação dos conteúdos, memorização e execução de tarefas, e a congnitiva-construtivista, na qual o estudante deve ser um elemento interventivo da sua aprendizagem, criando o seu próprio conhecimento e dando sentido ao mundo em que vive.

Há um apartado sobre pesquisas que envolvem alunos e professores, das quais destacamos a experiência com estudantes do similar ao 1º do ensino médio. A base do plano didático é a análise de memes que se referiam a pinturas renascentistas bem conhecidas, adaptadas para o tema do isolamento social. A intenção era ampliar a capacidade de os alunos lerem “as intenções, as audiências e de validar a informação que é veiculada de forma célere, mas nem sempre válida como é o caso das designadas fake news” (p. 127). Dentro do roteiro de perguntas do estagiário docente, a autora demonstra que a turma foi capaz de entender os usos de uma fonte tirada de contexto, identificar o público-alvo de tal forma de informação e comunicação e a intenção da construção daquele temário de memes. Ao final, Gago reafirma a importância de as nossas práticas docentes estarem ancoradas na educação histórica e que as tecnologias digitais da comunicação e informação sejam aliadas, mas não o centro da relação ensino-aprendizagem. Elas não pensadas como simples motivação para uma metodologia que se esqueça dos princípios da ciência histórica. Trata-se, portanto, de um texto que entende as tecnologias digitais como aliadas na formação do pensamento e da consciência histórica, desde que o professor não seja apenas um gesto de recurso digital, mas assuma uma posição de investigador social, de orientador da aprendizagem, propondo tarefas-problema que devem ser desenvolvidas pelos estudantes.

O livro se encerra com o texto “Ensinar e aprender história através de memes: possibilidade e desafios formativos”, de Nilson Javier Ibagón, Antonio José Echeverry e Roberto Granados. Nesse capítulo, os autores sugerem a utilização de memes no ensino e na aprendizagem histórica. Eles denunciam o distanciamento entre os modos de ensinar e aprender História das escolas e das universidades. Fruto do desconhecimento de que a história, enquanto saber, está presente no cotidiano das pessoas através de várias práticas e discursos, e que a sua produção, transmissão e apropriação não se dão apenas nos espaços formais de ensino, mas também fora deles, estando inserida em áreas e expressões da cultura histórica. Com o texto, os autores definem meme, identificando suas características gerais e configurações que o tornam uma forma particular de expressão, própria do ciberespaço. Também exploram o potencial pedagógico dos memes em contextos escolares e, por fim, analisam esse tipo de experiência didática para a transformação crítica do ensino e da aprendizagem da História.

Nesse último capítulo, o diálogo com pesquisadores Peter Lee e Isabel Barca é explícito. Ele está presente, principalmente na sugestão de emprego do meme como meio de relacionamento dos conteúdos substantivos (revolução francesa e capitalismo) e conceitos e habilidades vinculados à natureza do conhecimento histórico (empatia, causa e consequência). Para os autores que fazem uso do conceito de literacia histórica, o uso dos memes no processo de ensino e aprendizagem da História pode, ao mesmo tempo, reativar o interesse dos estudantes por conhecimentos que perderam relevância, bem como ajudar no desenvolvimento de habilidades digitais e históricas, conectando-os com o seu cotidiano.

De modo geral, por fim, avaliamos que o livro tem organização temática boa, tamanhos dos capítulos bem equilibrados e curtos, com foco e profundidade no que se habilitam a discorrer. Há, porém, necessidade de uma revisão profissional, tanto ortográfica quanto das normas da ABNT. Pequenos equívocos são detectados na informação de datas e da autoria das publicações citadas ao longo no texto e na bibliografia.

De toda forma, essa crítica não invalida o valor conjunto, pois a obra Ensino de História e Internet: aprendizagens conectadas traz aportes relevantes para a reflexão no campo do Ensino de História. Os capítulos transitam entre questões pertinentes ao nosso tempo, à abertura de caminhos para práticas e discussões que estão no cotidiano escolar que devem ser debatidos e compartilhados. Categorias como fake news, COVID-19, memes, Youtube, internet, ensino remoto permearam os escritos desse e-book que certamente auxiliará a docentes em formação e em exercício, compondo uma ótima possibilidade de estímulo a novas produções no campo.

Referências

LUCCHESI, Anita; MAYNARD, Dilton C. S. Novas Tecnologias. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; OLIVEIRA, Margarida Dias de (orgs.). Dicionário de ensino de história. Rio de Janeiro: FGV, 2019, p.179-184.

OLIVEIRA, Ana Amélia Rodrigues de. O Youtube no Ensino de História. Reflexões sobre uma experiência de pesquisa. Revista Historiar. Sobral, v.14, n.26, p. 73-92, jan./jun. 2022.

Sumário de Ensino de História e Internet: aprendizagens conectadas

  • Introdução
  • 1. Narrativas históricas na tecnosfera: a responsabilidade de ensinar História através da internet | Arnaldo Martin Szlachta Junior e Márcia Elisa Teté Ramos
  • 2. Letramento histórico-digital e o ensino de história | Danilo Alves da Silva
  • 3. Sobre ondas, planos e rotas: considerações didáticas sobre jovens e internet em aulas de história | Edilson Aparecido Chaves e Tânia Maria F. Braga Garcia
  • 4. Entre forma e conteúdo: os estudantes do Ensino médio diante das temáticas históricas no YouTube | Karina Oliveira Brito e Osvaldo Rodrigues Junior
  • 5. As evidências audiovisuais mobilizadas por vídeos de história noYouTube como possibilidade de aprendizagem histórica dos jovens estudantes portugueses | Marcelo Fronza
  • 6. Educação histórica e Ensino de História no meio digital: debate conceitual e partilha de uma experiência no campo da educação histórica | Marília Gago
  • 7. Ensinar e aprender história através do uso de memes: possibilidades e desafios formativos | Nilson Javier Ibagón, Antonio José Echeverry e Roberto Granados
  • Sobre os autores

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Resenhistas

Vanessa Spinosa Doutora em História pela Universidade de Salamanca (USAL), professora do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Publicou, entre outros trabalhos, “Formação do futuro-presente: a docência em História no contexto da experiência digital no ensino espectro remoto”, coautoria com Marcella Albaine Farias da Costa, em Formação docente e currículo: Conhecimentos, sujeitos e territórios, organizado por Carmen Teresa Gabriel e Marco Leonardo Bomfim (Mauad X, 2021), “Ciberespaço, letramento e docência: experiência com TDICs no Ensino de História”, em História em jogo: as questões do tempo presente e os desafios do ensino de história, organizado por Airan dos Santos Borges de Oliveira e Maria da Conceição da Silva, Costa (Desalinho, 2020) e, em coautoria com Danilo Nogueira de Medeiros, “Ensino de História no ensino superior: práticas educativas para a emancipação discente no ciberespaço”, nos Anais do XI Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História (ABEH, 2021). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/1087304600335538; ID ORCID: 0000-0003-1736-4110; Facebook:vanessa.spinosa; Instagran:@vanessaspinosa.ufrn. E-mail:vanessa.spinosa@ufrn.br.

Ana Amélia Rodrigues de Oliveira – Doutora e mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e graduada em História, também pela UFC. É Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de História (GEPEH/UFC) e o corpo docente do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHISTÓRIA/UFC). Publicou, entre outros trabalhos, “O youtube no Ensino de História. Reflexões sobre uma experiência de pesquisa” (2022), “A escrita e o ‘popular’ – A Antologia do folclore cearense e a fabricação de um autor” e Nós e a Pandemia (2021). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9983853118156018; ID ORCID: 0000-0002-3985-4877; E-mail: amelia.oliveira@ifce.edu.br.


Para citar essa resenha

FRONZA, Marcelo; RODRIGUES JÚNIOR, Osvaldo (Org.). Ensino de História e Internet: aprendizagens conectadas. Cuiabá: Parauna Editora, 2021. 160p. Resenha de: SPINOSA, Vanessa; OLIVEIRA, Ana Amélia Rodrigues de. Aprendizagem histórica na rede. Crítica Historiográfica, v.2, n.8, nov./dez., 2022. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/aprendizagem-historica-nas-redes-resenha-de-ensino-de-historia-e-internet-aprendizagens-conectadas-organizado-por-osvaldo-rodrigues-junior-e-marcelo-fronza/>. DOI: 10.29327/254374.2.8-2


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n. 8, nov./dez., 2022 | ISSN 2764-2666

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Aprendizagem histórica nas redes – Resenha de “Ensino de História e internet: aprendizagens conectadas”, organizado por Osvaldo Rodrigues Junior e Marcelo Fronza

Resenhado por Vanessa Spinosa (UFRN) | ID Orcid: 0000-0003-1736-4110 e Ana Amélia Rodrigues de Oliveira (IFCE/UFC) | ID Orcid: 0000-0002-3985-4877.


Marcelo Fronza e Osvaldo Rodrigues Júnior | Imagens: Notícias de Jussara e UFMT

História e Internet é um trabalho coletivo de profissionais que atuam no campo do Ensino de História. O livro é estruturado em sete capítulos, escritos individualmente ou em co-autoria, prefaciado pela historiadora Aléxia de Pádua e organizado por Marcelo Fronza e Osvaldo Rodrigues Junior, docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). O livro foi publicado pela editora Paruna, em 2021, e explora temas relacionados às tecnologias digitais e aos usos da internet ao ensino de História. O time de autores(as), deslocado do eixo sudestino, traz olhares da América Latina (Colômbia) e Europa (Portugal), congregando docentes pesquisadores(as) de Institutos Federais, Universidades Federais e Universidades Estaduais.

Narrativas históricas na tecnosfera: a responsabilidade de ensinar História através da internet” é o primeiro capítulo. Nele, Arnaldo Szlachta Junior e Márcia Elisa Ramos refletem sobra a tecnosfera, de forma direta e esquemática, e relacionam a importância do tema com o ensino de História. Uma parte dos escritos aponta o que seria toda a evolução, desde a web 1.0 até a 4.0, as possibilidades de uso da internet, desde a sua popularização. Há também um apartado dedicado a pensar a importância da narrativa, como algo inerente ao ser humano e que dá sentido à memória. No caso, trabalhar no ambiente digital requer também uma valorização dessa perspectiva sobre narrativa e memória, entendendo que estão em um ambiente distinto, inseridas em uma comunidade virtual.

Algumas reflexões são possíveis aqui. A primeira é o uso da nomenclatura “nova” para as tecnologias da informação e comunicação. A autora e o autor afirmam que a tecnosfera não é um ambiente, um espaço que deve ser entendido como natural, típico da nossa era, ou algo do estilo. Ao revés, há uma clareza quando expõem para a pessoa leitora as dissonâncias sociais e econômicas a serem consideradas, sobretudo quando tratamos de pensar o Brasil. A dupla não adota a terminologia de Prensky, dividindo a população de maneira etária em relação ao acesso e uso da internet e ados dispositivos móveis. Traz a vertente de David White e Alison Le Cornu (2011), partindo das categorias residentes e visitantes para o uso das tecnologias digitais, que tem a ver mais com o tempo de relação com o ciberespaço e o seu manejo do que com questões geracionais.

O segundo ponto destacado se relaciona aos exemplos de aplicativos e plataformas utilizáveis em coreografias didáticas, já que são múltiplos movimentos com uma mesma direção, produzidos pela pessoa docente. Mesmo assim, não houve relativização alguma de aspectos materiais e sócio econômicos que poderiam limitar o uso dessas aplicações pelas turmas do ensino básico no Brasil. As ideias e alternativas são ótimas, embora fosse pertinente mensurar quais iriam requerer de maiores recursos tecnológicos.

Danilo Alves da Silva é o autor do capítulo “Letramento histórico-digital e o Ensino de História.” O autor chama a atenção para o fato de que o uso das tecnologias digitais no Ensino de História não pode estar dissociado dos aspectos teóricos e metodológicos da ciência histórica. Partindo do conceito de “humanidades digitais”, Silva defende que os professores e professoras das ciências humanas e sociais devem entender como as tecnologias digitais incidem sobre a produção do conhecimento nas ciências de referência e nas suas práticas escolares. Por essa premissa, o seu objetivo é apresentar uma proposta metodológica que articule as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC’s), o método histórico e os elementos que envolvem o Ensino de História. O método proposto por Danilo Alves possui três etapas, nas quais são desenvolvidas competências para (1) a investigação histórica (procedimentos de pesquisa), (2) a competência tecnológico-digital (apropriação de saberes tecnológicos e digitais aplicados à pesquisa histórica) e (3) a competência narrativa (constituição histórica de sentido expresso em diferentes linguagens).

As reflexões apresentadas pelo autor ao longo do texto nos fazem repensar sobre o uso das tecnologias digitais nas aulas de História, muitas vezes utilizadas meramente como ferramentas, algo que pouco contribui para a formação do pensamento histórico dos estudantes. Além disso, considerando a fluidez do nosso tempo vivido e repleto de novidades, pensamos ser importante adotar uma postura aberta, lúdica e especulativa com a tecnologia, o que pode resultar em ganhos para o letramento histórico e digital de todos os sujeitos envolvidos na relação ensino e aprendizagem, a exemplo do que sugerem A. Lucchesi e D. Maynard (2019, p.181)

O capítulo de Edilson Aparecido Chaves e Tânia Maria F. Braga Garcia – “Sobre ondas, planos e rotas: considerações didáticas sobre jovens e Internet em aulas de história – trata dos “processos didáticos em aulas de História, nos quais as ações docentes e discentes estão apoiadas de alguma forma em conteúdos que circulam nas redes digitais” (p.51), no contexto da pandemia do COVID-19, no Ensino Médio e público do Paraná. Os autores mostram as tensões na área de História geradas pela reflexão sobre o marco cronológico e a relação com seus temas próprios da História, bem como as avaliações de exames de acesso ao ensino superior. O trabalho se baseia na pesquisa realizada entre 2020 e 2021, no primeiro ano, com turmas no ensino remoto, usando google forms, e atuando no ensino com classroom e google meet. A ideia é “distanciar-se dos modelos que privilegiam a memorização e as aulas” e organizar aulas “mais estimulantes e atraentes aos jovens” (p.59).

Vale destacar que o capítulo detalha o plano de ação, metodologia e sua justificativa, efetuado para um tema específico que elegeram aprofundar, qual seja, a expansão europeia no recorte tradicional da idade moderna. Há apontamentos interessantes de como o uso da música, associado ao uso do livro didático e uma diversidade de linguagens pesquisada no ciberespaço, foi capaz de promover interação e discussão sobre tempo, espaço e sentidos de mobilidade no período histórico.

A dupla também aponta as dificuldades, durante o ensino remoto, no que toca às condições de conectividade das turmas como um fator a considerar e que exige adaptações e concessões. Após descreverem as saídas encontradas pelos alunos para enfrentar os problemas de efetuar as atividades/pesquisas de estudos, os autores revelam que “não há, da parte deles, a menor resistência em utilizar os mais diversos materiais e que, inclusive, criam seus próprios métodos na busca de respostas mais seguras no emaranhado de informações, de links e janelas diversas que se abrem a cada nova aula”(p. 68). Ainda que não coloquem de maneira explícita as categorias, o trabalho docente cooperativo e o método ativo com as turmas revela um esforço no sentido do letramento digital, com aprendizado mútuo.

“Entre forma e conteúdo: os estudantes do Ensino Médio diante das temáticas históricas no Youtube” é o título do artigo de Karina Oliveira Brito e Osvaldo Rodrigues Júnior. Como o objetivo do artigo é analisar a audiência de conteúdos escolares por estudantes do ensino médio da Rede Federal de Ensino Profissional Tecnológico, os autores discutem resultados de pesquisa sobre o Vídeo Viewers, realizada em 2018 pelo Google, e TIC Domicílios, realizada em 2019, mostrando como 1/3 dos brasileiros consumiram vídeos ao longo desses dois anos.

Para fazer um levantamento dessa audiência, os autores realizaram uma pesquisa sobre a recepção vídeos, envolvendo noventa e um estudantes do 1º ano do Ensino Médio dos cursos Técnico em Informática e Agropecuária da Rede Federal do Estado do Mato Grosso, que assistiram o vídeo “O que é fasciscmo. Entenda de um jeito simples”, produzido por Felipe Castanhari e disponível no canal do Youtube Nostalgia. Depois de descreverem o canal Nostalgia, comentam o processo e o resultado da pesquisa. Para a análise dessas respostas, utilizaram o software Iramuteq e, por meio da estatística, da similitude e da formação de nuvens de palavras, chegaram à conclusão de que os estudantes ainda carregam uma concepção de história tradicional, dão legitimidade ao conteúdo pela forma como ele é apresentado e pela capacidade de atingir amplas audiências e que ainda respeitam a autoridade do historiador.

O trabalho dessa dupla mostra como professores e professoras podem transformar vídeos desse tipo em aliados ao processo de ensino e aprendizagem histórica, empregando-os como fonte em sala de aula. Tal proposta vai ao encontro da ideia de experimentação criativa defendida por Anita Lucchesi e Dilton Maynard (Lucchesi; Maynard, 2019, p.182), que consiste em abandonar uma atitude passiva por parte do sujeito interessado em aprender, em prol de uma interação com as tecnologias digitais no nosso dia a dia.

“As evidências audiovisuais mobilizadas por vídeos de história no YouTube como possibilidade de aprendizagem histórica dos jovens estudantes portugueses” é o texto de Marcelo Fronza.

A partir de um trabalho investigativo, realizado com trinta e cinco estudantes portugueses, com idades entre 16 e 17 anos, Fronza buscou compreender como os alunos e alunas mobilizam a geração de sentido histórico ao terem contato com evidências audiovisuais (histórias em quadrinhos, videogames, filmes e vídeos da internet).

Screemshot do arquivo de vídeo Nostalgia História T1 – 500 anos em 1 hora História do Brasil (Fronza; Rodrigues Júnior, 2022, p.98).

O autor selecionou três vídeos que tratam da história da colonização europeia sobre os povos da América para serem utilizados como evidência audiovisual: “500 anos de história do Brasil”, do canal Nostalgia, de Felipe Castanhari; “Ciclo do ouro”, do canal Débora Aladim; e “O que foi a Revolta dos Búzios?”, do canal PhCôrtes. A análise das respostas considerou princípios e propósitos da Ciência História, como conhecimento histórico substantivo, síntese histórica, verdade histórica e relativismo histórico.

O artigo de Marcelo Fronza, como também o de Karina Oliveira Brito e Osvaldo Rodrigues nos inspiram a pensar inúmeras possibilidades de uso dessas narrativas históricas audiovisuais, tão em moda nos tempos atuais e tão buscadas pelos estudantes, no Ensino de História. Essa estratégia faz com que “o aluno deixe de ser apenas um consumidor de conteúdo para se transformar num consumidor crítico, com condições de interpretar fontes documentais de naturezas diversas e perceber a importância dessas novas tecnologias na sociedade contemporânea” (p.89).

O capítulo seguinte – “Educação histórica e Ensino de História no meio digital: debate conceitual e partilha de uma experiência no campo da educação histórica” –, escrito por Marília Gago, é iniciado com a análise de duas teorias educacionais: a behaviorista, em cuja aprendizagem por objetivos se preocupa mais com a apresentação dos conteúdos, memorização e execução de tarefas, e a congnitiva-construtivista, na qual o estudante deve ser um elemento interventivo da sua aprendizagem, criando o seu próprio conhecimento e dando sentido ao mundo em que vive.

Há um apartado sobre pesquisas que envolvem alunos e professores, das quais destacamos a experiência com estudantes do similar ao 1º do ensino médio. A base do plano didático é a análise de memes que se referiam a pinturas renascentistas bem conhecidas, adaptadas para o tema do isolamento social. A intenção era ampliar a capacidade de os alunos lerem “as intenções, as audiências e de validar a informação que é veiculada de forma célere, mas nem sempre válida como é o caso das designadas fake news” (p. 127). Dentro do roteiro de perguntas do estagiário docente, a autora demonstra que a turma foi capaz de entender os usos de uma fonte tirada de contexto, identificar o público-alvo de tal forma de informação e comunicação e a intenção da construção daquele temário de memes. Ao final, Gago reafirma a importância de as nossas práticas docentes estarem ancoradas na educação histórica e que as tecnologias digitais da comunicação e informação sejam aliadas, mas não o centro da relação ensino-aprendizagem. Elas não pensadas como simples motivação para uma metodologia que se esqueça dos princípios da ciência histórica. Trata-se, portanto, de um texto que entende as tecnologias digitais como aliadas na formação do pensamento e da consciência histórica, desde que o professor não seja apenas um gesto de recurso digital, mas assuma uma posição de investigador social, de orientador da aprendizagem, propondo tarefas-problema que devem ser desenvolvidas pelos estudantes.

O livro se encerra com o texto “Ensinar e aprender história através de memes: possibilidade e desafios formativos”, de Nilson Javier Ibagón, Antonio José Echeverry e Roberto Granados. Nesse capítulo, os autores sugerem a utilização de memes no ensino e na aprendizagem histórica. Eles denunciam o distanciamento entre os modos de ensinar e aprender História das escolas e das universidades. Fruto do desconhecimento de que a história, enquanto saber, está presente no cotidiano das pessoas através de várias práticas e discursos, e que a sua produção, transmissão e apropriação não se dão apenas nos espaços formais de ensino, mas também fora deles, estando inserida em áreas e expressões da cultura histórica. Com o texto, os autores definem meme, identificando suas características gerais e configurações que o tornam uma forma particular de expressão, própria do ciberespaço. Também exploram o potencial pedagógico dos memes em contextos escolares e, por fim, analisam esse tipo de experiência didática para a transformação crítica do ensino e da aprendizagem da História.

Nesse último capítulo, o diálogo com pesquisadores Peter Lee e Isabel Barca é explícito. Ele está presente, principalmente na sugestão de emprego do meme como meio de relacionamento dos conteúdos substantivos (revolução francesa e capitalismo) e conceitos e habilidades vinculados à natureza do conhecimento histórico (empatia, causa e consequência). Para os autores que fazem uso do conceito de literacia histórica, o uso dos memes no processo de ensino e aprendizagem da História pode, ao mesmo tempo, reativar o interesse dos estudantes por conhecimentos que perderam relevância, bem como ajudar no desenvolvimento de habilidades digitais e históricas, conectando-os com o seu cotidiano.

De modo geral, por fim, avaliamos que o livro tem organização temática boa, tamanhos dos capítulos bem equilibrados e curtos, com foco e profundidade no que se habilitam a discorrer. Há, porém, necessidade de uma revisão profissional, tanto ortográfica quanto das normas da ABNT. Pequenos equívocos são detectados na informação de datas e da autoria das publicações citadas ao longo no texto e na bibliografia.

De toda forma, essa crítica não invalida o valor conjunto, pois a obra Ensino de História e Internet: aprendizagens conectadas traz aportes relevantes para a reflexão no campo do Ensino de História. Os capítulos transitam entre questões pertinentes ao nosso tempo, à abertura de caminhos para práticas e discussões que estão no cotidiano escolar que devem ser debatidos e compartilhados. Categorias como fake news, COVID-19, memes, Youtube, internet, ensino remoto permearam os escritos desse e-book que certamente auxiliará a docentes em formação e em exercício, compondo uma ótima possibilidade de estímulo a novas produções no campo.

Referências

LUCCHESI, Anita; MAYNARD, Dilton C. S. Novas Tecnologias. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; OLIVEIRA, Margarida Dias de (orgs.). Dicionário de ensino de história. Rio de Janeiro: FGV, 2019, p.179-184.

OLIVEIRA, Ana Amélia Rodrigues de. O Youtube no Ensino de História. Reflexões sobre uma experiência de pesquisa. Revista Historiar. Sobral, v.14, n.26, p. 73-92, jan./jun. 2022.

Sumário de Ensino de História e Internet: aprendizagens conectadas

  • Introdução
  • 1. Narrativas históricas na tecnosfera: a responsabilidade de ensinar História através da internet | Arnaldo Martin Szlachta Junior e Márcia Elisa Teté Ramos
  • 2. Letramento histórico-digital e o ensino de história | Danilo Alves da Silva
  • 3. Sobre ondas, planos e rotas: considerações didáticas sobre jovens e internet em aulas de história | Edilson Aparecido Chaves e Tânia Maria F. Braga Garcia
  • 4. Entre forma e conteúdo: os estudantes do Ensino médio diante das temáticas históricas no YouTube | Karina Oliveira Brito e Osvaldo Rodrigues Junior
  • 5. As evidências audiovisuais mobilizadas por vídeos de história noYouTube como possibilidade de aprendizagem histórica dos jovens estudantes portugueses | Marcelo Fronza
  • 6. Educação histórica e Ensino de História no meio digital: debate conceitual e partilha de uma experiência no campo da educação histórica | Marília Gago
  • 7. Ensinar e aprender história através do uso de memes: possibilidades e desafios formativos | Nilson Javier Ibagón, Antonio José Echeverry e Roberto Granados
  • Sobre os autores

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Resenhistas

Vanessa Spinosa Doutora em História pela Universidade de Salamanca (USAL), professora do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Publicou, entre outros trabalhos, “Formação do futuro-presente: a docência em História no contexto da experiência digital no ensino espectro remoto”, coautoria com Marcella Albaine Farias da Costa, em Formação docente e currículo: Conhecimentos, sujeitos e territórios, organizado por Carmen Teresa Gabriel e Marco Leonardo Bomfim (Mauad X, 2021), “Ciberespaço, letramento e docência: experiência com TDICs no Ensino de História”, em História em jogo: as questões do tempo presente e os desafios do ensino de história, organizado por Airan dos Santos Borges de Oliveira e Maria da Conceição da Silva, Costa (Desalinho, 2020) e, em coautoria com Danilo Nogueira de Medeiros, “Ensino de História no ensino superior: práticas educativas para a emancipação discente no ciberespaço”, nos Anais do XI Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História (ABEH, 2021). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/1087304600335538; ID ORCID: 0000-0003-1736-4110; Facebook:vanessa.spinosa; Instagran:@vanessaspinosa.ufrn. E-mail:vanessa.spinosa@ufrn.br.

Ana Amélia Rodrigues de Oliveira – Doutora e mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e graduada em História, também pela UFC. É Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de História (GEPEH/UFC) e o corpo docente do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHISTÓRIA/UFC). Publicou, entre outros trabalhos, “O youtube no Ensino de História. Reflexões sobre uma experiência de pesquisa” (2022), “A escrita e o ‘popular’ – A Antologia do folclore cearense e a fabricação de um autor” e Nós e a Pandemia (2021). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9983853118156018; ID ORCID: 0000-0002-3985-4877; E-mail: amelia.oliveira@ifce.edu.br.


Para citar essa resenha

FRONZA, Marcelo; RODRIGUES JÚNIOR, Osvaldo (Org.). Ensino de História e Internet: aprendizagens conectadas. Cuiabá: Parauna Editora, 2021. 160p. Resenha de: SPINOSA, Vanessa; OLIVEIRA, Ana Amélia Rodrigues de. Aprendizagem histórica na rede. Crítica Historiográfica, v.2, n.8, nov./dez., 2022. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/aprendizagem-historica-nas-redes-resenha-de-ensino-de-historia-e-internet-aprendizagens-conectadas-organizado-por-osvaldo-rodrigues-junior-e-marcelo-fronza/>. DOI: 10.29327/254374.2.8-2


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n. 8, nov./dez., 2022 | ISSN 2764-2666

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