Apresentação

A detailed pen-drawing style illustration in landscape format, depicting a variety of pens used across historical periods | Imagem: DALL·E 2025-01-12 08.33.01

Este número 18 da Revista Crítica Historiográfica apresenta dez resenhas de livros e um artigo de revisão, explorando contextos regionais, nacionais e culturais, oferecendo contribuições para o debate acadêmico sobre identidade, cultura, ensino e memória histórica.

As obras que exploram a história regional destacam-se pela abordagem das especificidades de Sergipe e São Paulo. A resenha de Magno Francisco de Jesus Santos sobre Sergipe Colonial (Maria Beatriz Nizza da Silva) enfatiza a tentativa de resgate do passado colonial sergipano, criticando o eurocentrismo da obra. Clivya Nobre analisa Educação Primária, um estudo que conecta políticas e práticas educacionais em Sergipe às influências locais e culturais. Já Alícia de Brito Meneghetti Cunha aborda as perspectivas históricas e culturais em torno da Romaria do Senhor dos Passos em São Cristóvão, revelando a profundidade das experiências coletivas nesse evento religioso.

As questões identitárias recebem destaque neste volume. A resenha de Amintas Henrique da Silva Ramos sobre Identidade Nacional Brasileira explora a complexidade da categoria identidade brasileira, destacando limitações teóricas e conceituais. O texto de Itamar Freitas, sobre a revisão da literatura do “Pós-Abolição”, evidencia categorias como associativismo e cidadania, reafirmando a predominância das experiências socioculturais na historiografia recente.

Neste eixo, os estudos sobre a interseção entre cultura e história também estão presentes. Jandson Bernardo Soares revisita A criação do Centro Cultural São Paulo (Francis Manzoni) destaca a relação entre intelectuais e poder público na democratização cultural. Fernando Sá examina a idealização histórica das vaquejadas em Um boi Zepelim enfeitiçado (José Adeilson dos Santos), criticando sua romantização e omissão do impacto capitalista.

As relações entre história e ciência são exploradas em resenhas como a de Mirelle Santos, que analisa História do português (Carlos Alberto Faraco), destacando a trajetória histórica da língua portuguesa. Micael S. Matos revisita o Estudo da Síntese Orgânica baseado em Substâncias Bioativas (Marcus Vinícius Nora de Souza), abordando as técnicas e histórias da Química Orgânica, com ênfase na construção de moléculas bioativas.

O impacto do conservadorismo no ensino de História é discutido na resenha de Débora Barbosa de Vasconcelos sobre Guerras de Narrativas em Tempos de Crise, que avalia a diversidade temática e as limitações estruturais da obra. Elizabeth de Souza Oliveira, portanto, explora os vínculos entre história e meio ambiente em História e Meio Ambiente: Tempo Passado, Tempo Presente (Márcio Mota Pereira), identificando a necessidade de maior coesão teórica na área.

As resenhas destacam tanto os pontos positivos quanto as limitações das obras. Entre os elogios, está a originalidade de abordagens e o uso de fontes primárias. Entre as críticas, aparecem questões como eurocentrismo, falta de soluções práticas e desordenamento estrutural.

Este número ressalta como os textos dialogam com temas transversais como democracia, identidade e memória, integrando perspectivas regionais, nacionais e culturais. A pluralidade dos temas reafirma a importância da interdisciplinaridade na produção historiográfica.

A edição reafirma o compromisso da Revista Crítica Historiográfica com o debate acadêmico qualificado e plural. Os textos aqui apresentados oferecem instrumentos para revisões de literatura representativas e exaustivas que reflitam sobre os desafios e avanços da área. Convidamos todos a explorar as resenhas e a contribuir para este diálogo tão necessário.

Os editores


Para citar esta apresentação

Apresentação. Crítica Historiográfica. Natal, v.d4, n.8, jul./ago, 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/apresentacao/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.18, jul./ago., 2024 | ISSN 2764-2666.

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Este número 18 da Revista Crítica Historiográfica apresenta dez resenhas de livros e um artigo de revisão, explorando contextos regionais, nacionais e culturais, oferecendo contribuições para o debate acadêmico sobre identidade, cultura, ensino e memória histórica.

As obras que exploram a história regional destacam-se pela abordagem das especificidades de Sergipe e São Paulo. A resenha de Magno Francisco de Jesus Santos sobre Sergipe Colonial (Maria Beatriz Nizza da Silva) enfatiza a tentativa de resgate do passado colonial sergipano, criticando o eurocentrismo da obra. Clivya Nobre analisa Educação Primária, um estudo que conecta políticas e práticas educacionais em Sergipe às influências locais e culturais. Já Alícia de Brito Meneghetti Cunha aborda as perspectivas históricas e culturais em torno da Romaria do Senhor dos Passos em São Cristóvão, revelando a profundidade das experiências coletivas nesse evento religioso.

As questões identitárias recebem destaque neste volume. A resenha de Amintas Henrique da Silva Ramos sobre Identidade Nacional Brasileira explora a complexidade da categoria identidade brasileira, destacando limitações teóricas e conceituais. O texto de Itamar Freitas, sobre a revisão da literatura do “Pós-Abolição”, evidencia categorias como associativismo e cidadania, reafirmando a predominância das experiências socioculturais na historiografia recente.

Neste eixo, os estudos sobre a interseção entre cultura e história também estão presentes. Jandson Bernardo Soares revisita A criação do Centro Cultural São Paulo (Francis Manzoni) destaca a relação entre intelectuais e poder público na democratização cultural. Fernando Sá examina a idealização histórica das vaquejadas em Um boi Zepelim enfeitiçado (José Adeilson dos Santos), criticando sua romantização e omissão do impacto capitalista.

As relações entre história e ciência são exploradas em resenhas como a de Mirelle Santos, que analisa História do português (Carlos Alberto Faraco), destacando a trajetória histórica da língua portuguesa. Micael S. Matos revisita o Estudo da Síntese Orgânica baseado em Substâncias Bioativas (Marcus Vinícius Nora de Souza), abordando as técnicas e histórias da Química Orgânica, com ênfase na construção de moléculas bioativas.

O impacto do conservadorismo no ensino de História é discutido na resenha de Débora Barbosa de Vasconcelos sobre Guerras de Narrativas em Tempos de Crise, que avalia a diversidade temática e as limitações estruturais da obra. Elizabeth de Souza Oliveira, portanto, explora os vínculos entre história e meio ambiente em História e Meio Ambiente: Tempo Passado, Tempo Presente (Márcio Mota Pereira), identificando a necessidade de maior coesão teórica na área.

As resenhas destacam tanto os pontos positivos quanto as limitações das obras. Entre os elogios, está a originalidade de abordagens e o uso de fontes primárias. Entre as críticas, aparecem questões como eurocentrismo, falta de soluções práticas e desordenamento estrutural.

Este número ressalta como os textos dialogam com temas transversais como democracia, identidade e memória, integrando perspectivas regionais, nacionais e culturais. A pluralidade dos temas reafirma a importância da interdisciplinaridade na produção historiográfica.

A edição reafirma o compromisso da Revista Crítica Historiográfica com o debate acadêmico qualificado e plural. Os textos aqui apresentados oferecem instrumentos para revisões de literatura representativas e exaustivas que reflitam sobre os desafios e avanços da área. Convidamos todos a explorar as resenhas e a contribuir para este diálogo tão necessário.

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Apresentação. Crítica Historiográfica. Natal, v.d4, n.8, jul./ago, 2024. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/apresentacao/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.4, n.18, jul./ago., 2024 | ISSN 2764-2666.

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