Narrativas de cientistas negras – Resenha de Maria Eduarda Noberto (UFPB) e Adriana da Silva Simões (UFPB) sobre o livro “@Descolonizando_Saberes: mulheres negras na Ciência”, de Bárbara Carine Soares Pinheiro

Bárbara Carine Soares Pinheiro | Imagem: Acervo pessoal da autora/Instituto Claro

Resumo: Em @Descolonizando_saberes: mulheres negras na Ciência’, Bárbara Carine Soares Pinheiro busca divulgar a produção de mulheres negras nas ciências biomédicas, matemáticas e tecnológicas. A obra enfrenta críticas por focar mais em cientistas afro-americanas, apesar de enfatizar a relevância dos saberes africanos e a luta contra o racismo e sexismo acadêmico.”

Palavras-chave: Mulheres negras, Ciência, Saberes.


@Descolonizando_Saberes: mulheres negras na ciência” é um livro que se enquadra no gênero de publicações acadêmicas e de divulgação científica, de autoria de Bárbara Carine Soares Pinheiro e publicado pela editora Livraria da Física em 2020. A obra tem como objetivo principal divulgar a produção científico-tecnológica de mulheres negras africanas e afrodiaspóricas nas áreas biomédica, matemática e tecnológica.

O prefácio do livro é escrito por Joana D’Arc Félix de Sousa, uma mulher negra, que menciona os preconceitos que viveu na infância e o entendimento de que as mulheres negras passam por muitas dificuldades para desfrutar dos seus direitos e ocupar espaços. Nesse bojo, a prefaciadora valoriza a importância de divulgar as mulheres negras notáveis que fizeram e fazem ciência no Brasil e que muitas vezes foram ignoradas pela sociedade, pois elas podem proporcionar inspiração para outras pessoas e contribuir para a redução das desigualdades raciais, econômicas e sociais.

Barbara Carine Soares Pinheiro, se autodefine em seu texto, como pesquisadora crítico-decolonial, feminista antirracista, nordestina, pagodeira, bissexual, mulher cis negra e mãe, que junto a seu companheiro criou a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa para proporcionar à sua filha uma infância livre de opressões, e arremata esta seção exaltando nomes de mulheres negras que, a inspiraram por terem se tornado imortais por suas histórias de luta.

Na introdução do livro, a autora compartilha a história de escravidão e resistência presentes em sua ancestralidade. Esse relato inclui as histórias da sua bisavó escrava até os 12 anos, da avó nascida e criada em um quilombo e da sua mãe que foi submetida a condições análogas à escravidão. Nesse contexto, a autora destaca a importância do autoconhecimento e da identidade, a partir de suas experiências pessoais e da história de sua família.

Os desafios raciais, econômicos e sociais enfrentados enquanto mulher negra, são apresentados por Pinheiro, através de uma narrativa de lutas para alcançar o sucesso acadêmico. A autora menciona que foi por meio do reconhecimento da importância de resgatar a sua história e a história do seu povo, para se entender como mulher negra, que ela criou uma linha de pesquisa intitulada Diversidade nas Ciências Naturais, integrando a luta das mulheres negras em diáspora, que movem o mundo.

Na segunda seção, a autora estabelece os fundamentos conceituais e teóricos que demonstram como a visão eurocêntrica do conhecimento ocidental moderno, que foi e ainda hoje é, instrumento de controle e dominação imperialista, silenciaram outros conhecimentos e subjugaram povos colonizados, marginalizando outras formas de conhecimento e perspectivas culturais. Nesse arcabouço, a autora propõe que a descolonização do conhecimento deve ser empregada como uma forma de resistência à opressão e busca por justiça social e cultural, para que a diversidade de saberes seja reconhecida, mesmo diante da resistência daqueles que se beneficiam do status quo e da dificuldade de integrar perspectivas e formas de conhecimento diversas em uma abordagem unificada.

Destaque significativo é dado ao que escreve Ramos (1995), sobre a relevância de reconhecer a diversidade de experiências dos povos africanos e afrodescendentes, superando estereótipos e visões reducionistas presentes na academia e sociedade em geral. De acordo com esse autor, empregado por Pinheiro, é inegável a importância desse conhecimento e faz-se necessário transcender as formas de fazer ciência usando uma abordagem plural e intercultural que valorize e respeite as diferentes formas do saber. A descolonização não se restringe a incluir vozes marginalizadas no discurso científico dominante, mas envolve o reconhecimento e valorização do conhecimento e das perspectivas de todas as culturas.

Na terceira seção do livro, a autora elenca quarenta e quatro mulheres africanas e afrodiaspóricas que contribuíram para a ciência ao longo da história, abordando tanto suas realizações acadêmicas quanto o apoio social que receberam. O amparo de familiares, pesquisadores e professores, se mostra importante nesses percursos científicos e também na trajetória de algumas dessas mulheres que se engajaram na militância negra, utilizando seu conhecimento e influência para combater desigualdades e inspirar outras pessoas. Para além do fazer científico, o engajamento dessas mulheres na militância negra demostra como a ciência pode ser utilizada como ferramenta para a promoção da igualdade social.

Ao longo da apresentação das histórias dessas mulheres o texto revela o poder transformador do conhecimento científico e a importância de um ambiente de apoio para o sucesso na ciência.

Ao mencionar figuras como Merit Ptah, Rebecca Davis, Enedina Alves Marques, Ivone Laura, Nair da França, Joana D’arc Félix de Souza, Zélia Luwing, Buyisiwe Sondezi e Marcelle Soares Santos, o livro expõe a contribuição dessas mulheres para o desenvolvimento da ciência e para a descoberta de soluções que trouxeram benefícios significativos à sociedade global.

Marcelle Soares Santos e a câmera que ajudou a construir, usada no projeto Dark Energy Survey | Imagem: Pesquisa Fapesp

A obra adota uma abordagem interdisciplinar em toda sua composição ao combinar elementos biográficos, históricos e científicos para discutir a ciência, permitindo uma análise mais abrangente de seu impacto na sociedade. Essa perspectiva ampla permite uma análise mais completa das questões de racismo e sexismo na academia, ao mesmo tempo que resgata e valoriza a intelectualidade e ancestralidade do povo negro, enriquece a narrativa ao conectar diferentes áreas de conhecimento e evidenciar a interseccionalidade das experiências das cientistas apresentadas.

Apesar de anunciar a importância da diversidade de raça, gênero e saberes, não está claro se as cientistas apresentadas na obra se utilizam dos saberes africanos propriamente ditos para fazer ciência. O texto reconhece o valor das mulheres para o desenvolvimento da ciência em diversos países, inclusive no Brasil. No entanto, Embora deixe evidente a necessidade de reconhecer os saberes dos povos africanos, apenas 9 das 44 histórias contadas, são de cientistas nascidas na África e que atuam ou atuaram naquele continente, o que pode revelar a baixa divulgação dos trabalhos das mulheres que ali fazem ciência, ou o melhor acesso à informação das cientistas afro estadunidenses, que se apresentam em maior número.

Por outro lado, a obra traz a contribuição das mulheres negras no campo científico num âmbito geral utilizando uma linguagem simples e acessível que permite que o livro seja compreendido por diversos públicos, facilitando a disseminação do conhecimento. A sensibilidade e a conexão pessoal da autora com as cientistas apresentadas adicionam um aspecto emocional e envolvente à narrativa, possibilitando uma compreensão mais profunda das questões raciais, econômicas e sociais que permeiam suas vidas.

O livro cumpre, por fim, o objetivo de divulgar a produção científico-tecnológica de mulheres negras africanas e afrodiaspóricas nas áreas biomédica, matemática e tecnológica, ao destacar o trabalho e as realizações das cientistas elencadas, mesmo diante dos desafios raciais, sociais e de gênero que experimentaram para conseguir fazer ciência. É obra especialmente relevante para acadêmicos, estudantes e profissionais envolvidos na área científica, pois promove a diversidade e a inclusão no discurso científico, oferecendo uma abordagem plural e intercultural que valoriza e respeita diferentes formas de conhecimento. Serve como recurso à reflexão sobre o papel da diversidade na produção de conhecimento e no avanço da sociedade. Além disso, ao evidenciar as contribuições de mulheres negras em áreas específicas, o livro também pode ajudar a romper estereótipos e preconceitos relacionados a gênero e raça nas ciências.

Sumário de @Descolonizando_saberes: mulheres negras na ciência

  • Prefácio
  • Apresentação do Livro e de Nós
  • Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes: a Química, a negritude, a maternidade, o amor, a revolução, o mundo cabem em mim
  • História das ciências e descolonização de Saberes
  • Mulheres nas Ciências Biomédicas, nas Tecnologias e na Matemática
  • Concluindo o inconclusivo
  • Referências

Para ampliar a sua revisão da literatura


Resenhistas

Adriana da Silva Simões é mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professora do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Piauí (UFPI). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/3075728277082745; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4516-4618; E-mail: adriana.s.simoes@gmail.com.

 

 

Maria Eduarda Noberto é mestra em Engenharia Elétrica na área de Processamento de Sinais pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e Graduada em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrotécnica no Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Professora Substituta na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9738649782225509; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7774-724X; E-mail: m.eduardanoberto741@gmail.com.

 


Para citar esta resenha

PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. @Descolonizando_saberes: mulheres negras na ciência. São Paulo: Livraria da Física, 2020. 71p. Resenha de: SIMÕES, Adriana da Silva; NOBERTO, Maria Eduarda. Narrativas de cientistas negras. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.14, out./nov., 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/narrativas-de-cientistas-negras-resenha-de-maria-eduarda-noberto-ufpb-e-adriana-da-silva-simoes-ufpb-sobre-o-livro-decolonizando-saberes-mulheres-negras-na-ciencia-de-barbara-carine/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n. 14, nov./dez., 2023 | ISSN 2764-2666

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Narrativas de cientistas negras – Resenha de Maria Eduarda Noberto (UFPB) e Adriana da Silva Simões (UFPB) sobre o livro “@Descolonizando_Saberes: mulheres negras na Ciência”, de Bárbara Carine Soares Pinheiro

Bárbara Carine Soares Pinheiro | Imagem: Acervo pessoal da autora/Instituto Claro

Resumo: Em @Descolonizando_saberes: mulheres negras na Ciência’, Bárbara Carine Soares Pinheiro busca divulgar a produção de mulheres negras nas ciências biomédicas, matemáticas e tecnológicas. A obra enfrenta críticas por focar mais em cientistas afro-americanas, apesar de enfatizar a relevância dos saberes africanos e a luta contra o racismo e sexismo acadêmico.”

Palavras-chave: Mulheres negras, Ciência, Saberes.


@Descolonizando_Saberes: mulheres negras na ciência” é um livro que se enquadra no gênero de publicações acadêmicas e de divulgação científica, de autoria de Bárbara Carine Soares Pinheiro e publicado pela editora Livraria da Física em 2020. A obra tem como objetivo principal divulgar a produção científico-tecnológica de mulheres negras africanas e afrodiaspóricas nas áreas biomédica, matemática e tecnológica.

O prefácio do livro é escrito por Joana D’Arc Félix de Sousa, uma mulher negra, que menciona os preconceitos que viveu na infância e o entendimento de que as mulheres negras passam por muitas dificuldades para desfrutar dos seus direitos e ocupar espaços. Nesse bojo, a prefaciadora valoriza a importância de divulgar as mulheres negras notáveis que fizeram e fazem ciência no Brasil e que muitas vezes foram ignoradas pela sociedade, pois elas podem proporcionar inspiração para outras pessoas e contribuir para a redução das desigualdades raciais, econômicas e sociais.

Barbara Carine Soares Pinheiro, se autodefine em seu texto, como pesquisadora crítico-decolonial, feminista antirracista, nordestina, pagodeira, bissexual, mulher cis negra e mãe, que junto a seu companheiro criou a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa para proporcionar à sua filha uma infância livre de opressões, e arremata esta seção exaltando nomes de mulheres negras que, a inspiraram por terem se tornado imortais por suas histórias de luta.

Na introdução do livro, a autora compartilha a história de escravidão e resistência presentes em sua ancestralidade. Esse relato inclui as histórias da sua bisavó escrava até os 12 anos, da avó nascida e criada em um quilombo e da sua mãe que foi submetida a condições análogas à escravidão. Nesse contexto, a autora destaca a importância do autoconhecimento e da identidade, a partir de suas experiências pessoais e da história de sua família.

Os desafios raciais, econômicos e sociais enfrentados enquanto mulher negra, são apresentados por Pinheiro, através de uma narrativa de lutas para alcançar o sucesso acadêmico. A autora menciona que foi por meio do reconhecimento da importância de resgatar a sua história e a história do seu povo, para se entender como mulher negra, que ela criou uma linha de pesquisa intitulada Diversidade nas Ciências Naturais, integrando a luta das mulheres negras em diáspora, que movem o mundo.

Na segunda seção, a autora estabelece os fundamentos conceituais e teóricos que demonstram como a visão eurocêntrica do conhecimento ocidental moderno, que foi e ainda hoje é, instrumento de controle e dominação imperialista, silenciaram outros conhecimentos e subjugaram povos colonizados, marginalizando outras formas de conhecimento e perspectivas culturais. Nesse arcabouço, a autora propõe que a descolonização do conhecimento deve ser empregada como uma forma de resistência à opressão e busca por justiça social e cultural, para que a diversidade de saberes seja reconhecida, mesmo diante da resistência daqueles que se beneficiam do status quo e da dificuldade de integrar perspectivas e formas de conhecimento diversas em uma abordagem unificada.

Destaque significativo é dado ao que escreve Ramos (1995), sobre a relevância de reconhecer a diversidade de experiências dos povos africanos e afrodescendentes, superando estereótipos e visões reducionistas presentes na academia e sociedade em geral. De acordo com esse autor, empregado por Pinheiro, é inegável a importância desse conhecimento e faz-se necessário transcender as formas de fazer ciência usando uma abordagem plural e intercultural que valorize e respeite as diferentes formas do saber. A descolonização não se restringe a incluir vozes marginalizadas no discurso científico dominante, mas envolve o reconhecimento e valorização do conhecimento e das perspectivas de todas as culturas.

Na terceira seção do livro, a autora elenca quarenta e quatro mulheres africanas e afrodiaspóricas que contribuíram para a ciência ao longo da história, abordando tanto suas realizações acadêmicas quanto o apoio social que receberam. O amparo de familiares, pesquisadores e professores, se mostra importante nesses percursos científicos e também na trajetória de algumas dessas mulheres que se engajaram na militância negra, utilizando seu conhecimento e influência para combater desigualdades e inspirar outras pessoas. Para além do fazer científico, o engajamento dessas mulheres na militância negra demostra como a ciência pode ser utilizada como ferramenta para a promoção da igualdade social.

Ao longo da apresentação das histórias dessas mulheres o texto revela o poder transformador do conhecimento científico e a importância de um ambiente de apoio para o sucesso na ciência.

Ao mencionar figuras como Merit Ptah, Rebecca Davis, Enedina Alves Marques, Ivone Laura, Nair da França, Joana D’arc Félix de Souza, Zélia Luwing, Buyisiwe Sondezi e Marcelle Soares Santos, o livro expõe a contribuição dessas mulheres para o desenvolvimento da ciência e para a descoberta de soluções que trouxeram benefícios significativos à sociedade global.

Marcelle Soares Santos e a câmera que ajudou a construir, usada no projeto Dark Energy Survey | Imagem: Pesquisa Fapesp

A obra adota uma abordagem interdisciplinar em toda sua composição ao combinar elementos biográficos, históricos e científicos para discutir a ciência, permitindo uma análise mais abrangente de seu impacto na sociedade. Essa perspectiva ampla permite uma análise mais completa das questões de racismo e sexismo na academia, ao mesmo tempo que resgata e valoriza a intelectualidade e ancestralidade do povo negro, enriquece a narrativa ao conectar diferentes áreas de conhecimento e evidenciar a interseccionalidade das experiências das cientistas apresentadas.

Apesar de anunciar a importância da diversidade de raça, gênero e saberes, não está claro se as cientistas apresentadas na obra se utilizam dos saberes africanos propriamente ditos para fazer ciência. O texto reconhece o valor das mulheres para o desenvolvimento da ciência em diversos países, inclusive no Brasil. No entanto, Embora deixe evidente a necessidade de reconhecer os saberes dos povos africanos, apenas 9 das 44 histórias contadas, são de cientistas nascidas na África e que atuam ou atuaram naquele continente, o que pode revelar a baixa divulgação dos trabalhos das mulheres que ali fazem ciência, ou o melhor acesso à informação das cientistas afro estadunidenses, que se apresentam em maior número.

Por outro lado, a obra traz a contribuição das mulheres negras no campo científico num âmbito geral utilizando uma linguagem simples e acessível que permite que o livro seja compreendido por diversos públicos, facilitando a disseminação do conhecimento. A sensibilidade e a conexão pessoal da autora com as cientistas apresentadas adicionam um aspecto emocional e envolvente à narrativa, possibilitando uma compreensão mais profunda das questões raciais, econômicas e sociais que permeiam suas vidas.

O livro cumpre, por fim, o objetivo de divulgar a produção científico-tecnológica de mulheres negras africanas e afrodiaspóricas nas áreas biomédica, matemática e tecnológica, ao destacar o trabalho e as realizações das cientistas elencadas, mesmo diante dos desafios raciais, sociais e de gênero que experimentaram para conseguir fazer ciência. É obra especialmente relevante para acadêmicos, estudantes e profissionais envolvidos na área científica, pois promove a diversidade e a inclusão no discurso científico, oferecendo uma abordagem plural e intercultural que valoriza e respeita diferentes formas de conhecimento. Serve como recurso à reflexão sobre o papel da diversidade na produção de conhecimento e no avanço da sociedade. Além disso, ao evidenciar as contribuições de mulheres negras em áreas específicas, o livro também pode ajudar a romper estereótipos e preconceitos relacionados a gênero e raça nas ciências.

Sumário de @Descolonizando_saberes: mulheres negras na ciência

  • Prefácio
  • Apresentação do Livro e de Nós
  • Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes: a Química, a negritude, a maternidade, o amor, a revolução, o mundo cabem em mim
  • História das ciências e descolonização de Saberes
  • Mulheres nas Ciências Biomédicas, nas Tecnologias e na Matemática
  • Concluindo o inconclusivo
  • Referências

Para ampliar a sua revisão da literatura


Resenhistas

Adriana da Silva Simões é mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professora do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Piauí (UFPI). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/3075728277082745; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4516-4618; E-mail: adriana.s.simoes@gmail.com.

 

 

Maria Eduarda Noberto é mestra em Engenharia Elétrica na área de Processamento de Sinais pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e Graduada em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrotécnica no Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Professora Substituta na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/9738649782225509; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7774-724X; E-mail: m.eduardanoberto741@gmail.com.

 


Para citar esta resenha

PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. @Descolonizando_saberes: mulheres negras na ciência. São Paulo: Livraria da Física, 2020. 71p. Resenha de: SIMÕES, Adriana da Silva; NOBERTO, Maria Eduarda. Narrativas de cientistas negras. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.14, out./nov., 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/narrativas-de-cientistas-negras-resenha-de-maria-eduarda-noberto-ufpb-e-adriana-da-silva-simoes-ufpb-sobre-o-livro-decolonizando-saberes-mulheres-negras-na-ciencia-de-barbara-carine/>.


© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).

 

Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n. 14, nov./dez., 2023 | ISSN 2764-2666

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