Política da Boa Vizinhança e relações Brasil-EUA: breve balanço historiográfico por Adriana Mendonça Cunha (COC/Fiocruz)
Resumo: Neste artigo, apresento um breve balanço da produção historiográfica voltada para o estudo das relações entre Brasil e Estados Unidos nas décadas de 1930 e 1940, destacando o papel dos intercâmbios e das trocas culturais para promoção de uma aliança entre os dois países.
Palavras-chave: Intercâmbios Culturais; Política da Boa Vizinhança; Relações Brasil-EUA.
Na primeira metade do século XX, o Brasil passou por uma série de mudanças políticas, econômicas e sociais que transformaram-no em uma potência regional, moderna e industrializada (Lochery, 2015). Foram decisivos nesse processo a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, e a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A política nacionalista de Vargas, aliada à importância estratégica do país em meio ao conflito internacional, permitiram o estreitamento das relações com os Estados Unidos e a obtenção de recursos para a industrialização e o reequipamento das Forças Armadas.
Não por acaso, as relações entre os dois países nas décadas de 1930 e 1940 têm sido foco de análise de dezenas de historiadores brasileiros e estadunidenses ao longo do século XX. É possível encontrar uma vasta produção, com trabalhos que discutem aspectos políticos, econômicos, militares, culturais e científicos. Para este artigo, selecionei alguns textos clássicos, bastante referenciados pela historiografia, e produções mais recentes que se caracterizam pelo foco em novas questões, personagens e abordagens.
Desde o final da década de 1960, historiadores estadunidenses e brasileiros têm se debruçado acerca da política externa brasileira. Alguns autores se destacam, como Frank McCann (1974), Stanley Hilton (1975), Moniz Bandeira (1973), Gerson Moura (1982), Mônica Hirst (1982) e Ricardo Seitenfus (1985), pioneiros nos estudos das relações Brasil-EUA.[1]
As produções desses pesquisadores se voltaram, primordialmente, para as disputas entre Estados Unidos e Alemanha pelos mercados brasileiros nos anos 1930. De maneira geral, são trabalhos de história política e que focalizam aspectos econômicos, geopolíticos e militares, abrindo pouco espaço para as questões culturais. No entanto, são obras relevantes para o campo e são constantemente revisitadas pelas novas gerações de historiadores que estudam a temática.
Entre os trabalhos citados, destacam-se Aliança Brasil-Estados Unidos (1937-1945) de Frank McCann, que explora a constituição do Estado Novo e os esforços do governo estadunidense para conseguir uma aliança com o Brasil na luta contra o Eixo. O livro de McCann tornou-se referência tanto para seus contemporâneos quanto para pesquisas mais recentes que abordam as relações Brasil-EUA durante a guerra.
Outro autor indispensável é Gerson Moura e seus livros Autonomia na dependência (1980), Relações Exteriores do Brasil (1982) e Tio Sam chega ao Brasil (1984). Moura produziu extensos estudos sobre as relações exteriores brasileiras entre os anos 1930 e 1950, focalizando a aproximação do país com os Estados Unidos. Conhecido pelo conceito de “equidistância pragmática”, cunhado para caracterizar a postura de Vargas nas negociações com Estados Unidos e Alemanha, Moura ainda é importante para os pesquisadores que estudam essa temática.
Enquanto os dois primeiros trabalhos de Moura focalizam as relações externas do país e a posição de Vargas diante do conflito na Europa, seu livro Tio Sam chega ao Brasil discute as ações do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA) no país.[2] A questão central dessa obra é a crescente influência cultural exercida pelos estadunidenses a partir da Segunda Guerra. O autor chama atenção para o forte intercâmbio cultural e educacional entre Brasil e Estados Unidos nesse período. Moura chega a apontar a existência de resistências à influência estadunidense, mas acaba apresentando esses intercâmbios como uma via de mão única, baseados no “ensinar” (EUA) e “aprender” (Brasil). (Moura, 1991, p.50).
Ao longo dos anos 1900 e 2000, cresceu o número de produções voltadas às ações do OCIAA na imprensa, cinema, música, literatura, educação e ciência. Entre elas, está o livro O imperialismo sedutor (2001), de Antonio Pedro Tota. Nesse trabalho, o autor analisa as ações do OCIAA no Brasil, destacando a convocação de artistas, intelectuais, empresários, jornalistas e outros profissionais para atuar na promoção dos intercâmbios com os brasileiros. Tota apresenta a “americanização” do Brasil não como a imitação ou aceitação passiva, mas como um processo marcado por avanços, recuos e resistências.
Os livros de Moura e Tota são muito importantes para o estudo da dimensão cultural das relações Brasil-EUA durante a guerra, mas ainda são trabalhos marcados por uma visão centro/periferia, que mantêm a ênfase no imperialismo estadunidense, o que não deixa de ser um aspecto relevante, pois a promoção das trocas culturais estava permeada de interesses políticos e econômicos relativos à busca de hegemonia pelos EUA. Ambos apresentam elementos que não podem ser deixados de lado ao se estudar a temática. O primeiro deles é que a Política da Boa Vizinhança e as ações do OCIAA foram fundamentais para a divulgação do American way of life entre os brasileiros. Um segundo ponto são as assimetrias dos encontros e das trocas entre intelectuais e pesquisadores dos dois países.
Pesquisas mais recentes têm ampliado os debates em torno dos intercâmbios culturais e educacionais entre Brasil e Estados Unidos, discutindo a multiplicidade de atores e interesses em disputa. Também procuram ressaltar os esforços dos EUA para conquistar uma aliança com o Brasil e o papel desempenhado pelos agentes locais nesses processos. Tais estudos têm dado protagonismo a personagens desconhecidos, como acadêmicos e estudantes, pessoas que contribuíram para aproximar os dois países.
O campo cultural tem sido um dos mais estudados, especialmente a música, o cinema, a fotografia e a circulação de livros.[3] Entre esses trabalhos, destaco o livro de Alexandre Valim, O triunfo da persuasão (2017), e o artigo de Eliza Morinaka, publicado em 2019, sobre o intercâmbio de livros.[4] Os dois autores se voltam para ações do OCIAA. Valim analisa a divisão de cinema do Office no Brasil e Morinka estuda o empenho dessa agência na tradução e publicação de obras estadunidenses e latino-americanas.
Essas duas pesquisas têm em comum o espaço dado a personagens que levavam filmes aos rincões do país e bibliotecários e editores empenhados nas negociações para tradução e publicação de livros na América Latina. Valim e Morinaka descortinam os processos de negociação entre agentes transnacionais, evidenciando, ao mesmo tempo, os interesses econômicos e políticos, mas também pessoais e intelectuais. Seus trabalhos permitem entrever a complexa teia de relações construída entre estadunidenses e brasileiros, os distintos olhares, interpretações e objetivos, revelando as complexidades dos encontros, entre aquilo que se almeja ao partir-se do local de origem e o que se encontra ao chegar ao lugar do “outro”.
Os intercâmbios no campo acadêmico, científico, médico e educacional também têm recebido atenção de vários pesquisadores. Por exemplo, o livro Norte-americanos no Brasil (2001), de Gabriela Marinho, analisa a presença da Fundação Rockefeller na Universidade de São Paulo entre 1934 e 1952.[5] Embora seja importante distinguir as ações da filantropia das políticas de intercâmbio patrocinadas pelo governo estadunidense, pesquisas como a de Marinho colocam em evidência os múltiplos agentes envolvidos na circulação de modelos estrangeiros em instituições brasileiras. Além disso, essa autora destaca o papel dos agentes como mediadores entre a Fundação e o campo científico brasileiro.
Discutindo intercâmbios científicos, mas focado nas relações Brasil-Alemanha, André Felipe Cândido da Silva (2013; 2018) aponta a importância de pesquisadores brasileiros que estudaram em instituições alemãs e sua atuação como atores decisivos na própria promoção dessas trocas. Um outro elemento de destaque nas pesquisas de Marinho e Silva é a presença de alemães e estadunidenses na Universidade de São Paulo, demonstrando os diversos atores e interesses em disputa.[6]
Outro autor que discute a presença estadunidense na USP é Olival Freire Junior (2017), que enfatiza a importância das ciências como dimensão constitutiva da diplomacia cultural e das relações Brasil-Estados Unidos, examinando em particular o papel do OCIAA nos intercâmbios científicos, tecnológicos e educacionais no Brasil a partir da atuação de professores estadunidenses na USP durante a guerra.[7]
Ao investigar as atividades de professores estadunidenses no curso de Minas e Metalurgia da Escola Politécnica da USP, Freire Junior coloca em evidência elementos importantes nas trocas entre Brasil e EUA. O primeiro deles é o destaque aos atores locais que, segundo o autor, não só estavam conscientes da inserção dos estadunidenses na instituição, como buscaram essa cooperação. Também relevantes são as trocas entre brasileiros e estadunidenses, propiciando o envio de estudantes aos Estados Unidos e promovendo a construção de redes que permaneceriam mesmo após o fim da guerra.
O trabalho de Kropf e Howell (2017) chama atenção para as dinâmicas da diplomacia cultural interamericana no campo médico, no contexto da Boa Vizinhança. Ao analisar o intercâmbio entre cardiologistas brasileiros e o professor da Universidade de Michigan Frank Wilson, que recebia latino-americanos em seu laboratório e viajou ao Brasil em 1942 com patrocínio da Divisão de Relações Culturais do Departamento de Estado, esses autores examinam como tal cooperação contribuiu tanto para o desenvolvimento da cardiologia brasileira quanto para a legitimação dos novos métodos de eletrocardiografia desenvolvidos por Wilson.[8]
Ainda no campo da saúde, o trabalho de André Campos, Políticas internacionais de saúde na Era Vargas (2006), coloca em relevo os programas de colaboração entre Brasil e EUA no campo médico durante a guerra. Esse autor analisa a criação do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), em 1942, financiado com recursos estadunidenses e brasileiros, resultante de acordo com o Instituto de Assuntos Interamericanos (Iaia).
Surgida no contexto de guerra, a agência tinha como foco empreender ações sanitárias em regiões de produção de matérias-primas estratégicas, como a Amazônia e o Vale do Rio Doce. Campos demonstra que, embora inspirada em modelo estadunidense, o funcionamento e as atividades da Sesp, especialmente no pós-guerra, não resultaram apenas dos interesses estadunidenses, sendo também marcada por conflitos e negociação entre agentes locais e internacionais.[9]
No campo das ciências sociais, destaco o trabalho de Thiago Lopes (2018), que examina a produção transnacional de conhecimento sociológico acerca do Brasil rural entre 1940 e 1950, privilegiando as trajetórias e produção intelectual dos sociólogos T. Lynn Smith e José Arthur Rios. Além de apresentar agências, instituições científicas e cientistas sociais que integraram uma rede de intercâmbio transnacional de ideias, o autor coloca em evidência os programas de assistência técnica e a permanência de vínculos entre intelectuais e cientistas estadunidenses e brasileiros no pós-guerra.[10]
A respeito dos intercâmbios educacionais durante a guerra, destaco a pesquisa de Rabelo (2019) sobre as viagens de Charleton Washburne pela América Latina, em 1942, a serviço do Departamento de Estado. Washburne era presidente da Progressive Education Association (PEA), uma organização estadunidense, seção da New Education Fellowship (NEF), uma associação internacional voltada para publicação de revistas, promoção de congressos e criação de grupos de estudo no campo educacional.[11]
Segundo a autora, a seção brasileira NEF foi criada durante a passagem de Washburne pelo Brasil em 1942. Sua viagem pela América Latina estava ligada à conferência internacional dessa organização, realizada em Ann Arbor, Michigan, em 1941. Rabelo estuda a construção de redes entre Washburne e representantes latino-americanos a partir do evento na UM, o que lhe rendeu a convocação para a viagem pela região a serviço do Departamento de Estado. Durante suas visitas a países como Brasil, ele teria conseguido mobilizar contatos, intermediando a criação da NEF no país.
Destaco, por fim, estudos desenvolvidos por Kropf (2020) e Cunha (2021) sobre os intercâmbios educacionais promovidos no âmbito do Brazilian Fellowship Program, convênio firmado, em 1938, entre o Instituto Brasil-Estados Unidos e a Universidade de Michigan. Enquanto Kropf se debruça sobre a criação do programa, Cunha se aprofunda a partir de um estudo de caso para evidenciar a complexidade dos intercâmbios entre Brasil e Estados Unidos. As duas autoras evidenciam a multiplicidade de personagens, interesses e negociações dos agentes envolvidos nas trocas oportunizadas pela Política de Boa Vizinhaça.[12]
Os trabalhos aqui citados colocam em evidência figuras como pesquisadores, professores e cientistas, envolvidos nos intercâmbios educacionais entre Brasil e EUA. Esses encontros, oportunizados pela Política da Boa Vizinhança, revelam a importância da diplomacia cultural na construção de redes entre instituições e pesquisadores de ambos os países. Ao mesmo tempo, eles apontam para a importância desses personagens na efetivação das políticas estadunidenses direcionadas ao Brasil e destacam, ainda, os interesses e ganhos institucionais, estatais e pessoais, as transformações e influências mútuas, sem perder de vista as assimetrias dos encontros.
Conclusão
Neste artigo, fiz um breve balanço da produção historiográfica acerca das relações Brasil-Estados Unidos, entre as décadas de 1930 e 1940. Para tanto, procurei apresentar o percurso do campo, partindo de autores consagrados e referências fundamentais para o estudo do tema, seguindo para trabalhos mais recentes.
Desde os anos 1960, o número de pesquisas sobre o período tem crescido e se ampliado com diferentes abordagens, objetos e focos de análise. Se no final do século XX predominavam estudos políticos, hoje, percebe-se o aumento no enfoque das dimensões culturais. Cinema, literatura, rádio, intercâmbios culturais e educacionais são temas que estão chamando atenção de historiadores brasileiros.
Além disso, é perceptível a mudança nas escalas de análise com o crescimento de estudos de caso, revelando aspectos e questões pouco exploradas em obras anteriores. Ao se debruçarem sobre personagens e/ou agências, muitos pesquisadores têm colocado em evidência a complexidade das relações entre os dois países e os múltiplos interesses e conflitos que permearam o processo de aproximação entre brasileiros e estadunidenses.
No que se refere ao campo educacional, as produções são incipientes, mas revelam-se promissoras. Os estudos produzidos demonstram a importância da Política de Boa Vizinhança para o trânsito de professores e estudantes entre os dois países, demonstrando a importância desses encontros na circulação de teorias e métodos educacionais, na construção de redes transnacionais.
Notas
[1] MCCANN, Frank D. Aliança Brasil-Estados Unidos (1937-1945). Tradução: Jayme Taddei e José Lívio Dantas. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1995. ____. Soldados da pátria: história do exército brasileiro (1889-1937). São Paulo: Companhia das Letras, 2007. ___. Brazil and United States during World Ward II and Its Aftermath: Negotiating Alliance and Balacing Fiants. Swizerland: Palgrave Macmillian, 2018. HILTON, Stanley E. Brazil and the Great Powers (1930-1939). Austin: University of Texas Press, 1975. ___. A guerra secreta de Hitler no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. ___. O ditador e o embaixador. Rio de Janeiro: Editora Record, 1987. De todos os autores mencionados, Moniz Bandeira é o que trabalha com períodos mais amplos da história das relações Brasil-EUA. Entre seus livros sobre o tema estão: BANDEIRA, Moniz. Presença dos Estados Unidos no Brasil (dois séculos de história). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973. ____. Brasil-Estados Unidos: a rivalidade emergente (1955-1980). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989. ____. Brasil, Argentina e Estados Unidos (Da Tríplice Aliança ao Mercosul). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. HIRST, Mônica. O processo de alinhamento nas relações Brasil-EUA. Dissertação de Mestrado. Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), 1982. HIRST, Mônica. Brasil-Estados Unidos: desencontros e afinidades. Rio de Janeiro: FGV, 2009. SEITENFUS, Ricardo Antônio Silva. O Brasil de Getúlio Vargas e a formação dos blocos (1930-1942): o processo de envolvimento brasileiro na II Guerra Mundial. São Paulo: Editora Nacional, 1985. MOURA, Gerson. Autonomia na dependência: a política externa brasileira de 1935 a 1942. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Este livro é resultado da dissertação de mestrado, realizado junto ao IUPERJ em 1979. MOURA, Gerson. Tio Sam chega ao Brasil: a penetração cultural americana. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1984. MOURA, Gerson. Relações exteriores do Brasil (1939-1950): mudanças na natureza das relações Brasil-Estados Unidos durante e após a Segunda Guerra Mundial. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. Publicado em 2012, este livro é resultado da tese de doutorado do autor, defendida, em 1982, na Universidade de Londres sob a orientação de Leslie Bethell.
[2] O Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA) foi criado pelo governo estadunidense, em 1940, sob a liderança do milionário e filantropo Nelson Rockefeller. Esta agência tinha como objetivo promover a aproximação entre EUA e América Latina através do patrocínio de intercâmbios, viagens de artistas e intelectuais, publicação de revistas, produção de filmes, documentários e telejornais, entre outras atividades.
[3] Alguns exemplos: GARCIA, Tânia da Costa. Carmen Miranda e os Good Neigbours. Diálogos, vol. 7, p.37-46, 2003. MAUAD, Ana Maria. Genevieve Naylor, fotógrafa: impressões de viagem (Brasil, 1941-1942). Revista Brasileira de História, v. 25, n. 49, p.43-75, 2005. RABELO, Fernanda Lima. A Hollywood da boa vizinhança: imagens do Brasil em documentários norte-americanos na Segunda Guerra. Jundiaí: Paco, 2018.
[4] VALIM, Alexandre Busko. O triunfo da persuasão: Brasil, Estados Unidos e o cinema na política de boa vizinhança durante a II Guerra Mundial. São Paulo: Alameda, 2017. MORINAKA, Eliza Mitiyo. Livros, trocas culturais e relações internacionais Brasil-Estados Unidos em um contexto de guerra (1941-1946). Varia História, Belo Horizonte, v.35, n.69, p.691-722, set./dez. 2019.
[5] MARINHO, Maria Gabriela S. M. C. Norte-americanos no Brasil. Uma história da Fundação Rockefeller na Universidade de São Paulo (1934-1952). Campinas: Diretores Associados; São Paulo: Universidade São Francisco, 2001.
[6] SILVA, André Cândido Felipe da. A diplomacia das cátedras: a política cultural externa alemã e o ensino superior paulista – os casos da USP e da Escola Paulista de Medicina (1934-1942). História (São Paulo), v.32, n.01, p.401-431, jan./jun. 2013. SILVA, André Felipe Cândido da. A diplomacia das cátedras: a política cultural externa alemã e o ensino superior paulista – os casos da USP e da Escola Paulista de Medicina (1934-1942). História (São Paulo), v.32, n. 1, p. 401-431, jan./jun. 2013.
[7] FREIRE JUNIOR, Olival. Diplomacia cultural no contexto da Segunda Guerra: o caso da Engenharia Metalúrgica na USP. Revista Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v.10, n.2, p.142-153, jul./dez. 2017. SILVA, Indianara; FREIRE JUNIOR, Olival. Diplomacy and Science in the Context of World War II: Arthur Compton’s 1941 Trip to Brazil. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 34, n. 67, p.181-201, 2014.
[8] KROPF, Simone P.; HOWELL, Joel D. War, Medicine and Cultural Diplomacy in the Americas: Frank Wilson and Brazilian Cardiology. Jounal of the History and Allied Sciences, v.0, n.0, p.1-26, August 10, 2017.
[9] CAMPOS, André Luiz Vieira de. Políticas internacionais de saúde na Era Vargas: o Serviço Especial de Saúde Pública, 1942-1960. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.
[10] LOPES, Thiago da Costa. Em busca da comunidade: ciências sociais, desenvolvimento rural e diplomacia culturas nas relações Brasil-EUA (1930-1950). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020.
[11] RABELO, Fernanda. Carleton Washburne e o Departamento de Estado dos EUA: a educação latino-americana em meio à política de boa vizinhança. Anais do I Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina. FFLCH/USP, São Paulo, 2019.
[12] KROPF, Simone Petraglia. Circuitos da boa vizinhança: Diplomacia cultural e intercâmbios educacionais entre Brasil e Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Varia História, Belo Horizonte, v.36, n. 71, p.91-118, maio/ago. 2020. CUNHA, Adriana Mendonça. Intercâmbios educacionais em tempo de guerra: os apontamentos de Robert K. Hall sobre as reformas do ensino secundário no Estado Novo. Revista Hydra, v.6, n.10, p.226-258, ago. 2021.
Referências
KROPF, Simone P. Circuitos da boa vizinhança: Diplomacia cultural e intercâmbios educacionais entre Brasil e Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Varia História, Belo Horizonte, v.36, n. 71, p.91-118, maio/ago. 2020.
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Autora
Adriana Mendonça Cunha é doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC/Fiocruz). Mestra em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS) e Graduada em História pela mesma instituição. Publicou, entre outros trabalhos, Desvendando caminhos para análise de fontes oficiais (2022) e Intercâmbios educacionais em tempos de guerra os apontamentos de Robert K. Hall (2021). Integra o Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq). ID Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8814713580643406; ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0377-8745; E – mail: adriana@getempo.org.
Para citar este artigo
CUNHA, Adriana Mendonça. Relações EUA e América Latina nas décadas e 1930 e 1940. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev., 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/a-politica-da-boa-vizinhanca-e-as-relacoes-brasil-eua-um-breve-balanco-historiografico/>. DOI: 10.29327/254374.3.9-13
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